General
A contribuição das empresas
E a Fundação BB monta Estações Digitais com máquinas zero quilômetro, financiando, por seis meses, conexão, insumos e educadores. A prioridade, este ano, da coordenação do programa de inclusão digital do Banco do Brasil, que faz uma ação independente da sua Fundação, é a capacitação de monitores, com ênfase em manutenção de micros. Gladir Mcarthur, responsável pelo programa, quer, assim, reduzir o maior problema que os 1,6 mil telecentros da rede do BB enfrentam: máquinas paradas por falta de manutenção. Por falta de conhecimentos mínimos — como consertar um mouse, por exemplo —, os computadores vão sendo encostados.
Para o treinamento (duas vagas por unidade), o BB fez convênio com a Edusol, da CNBB, que, além do curso de manutenção, vai oferecer todos os conteúdos de sua grade, dos básicos para economia solidária (confecção de bombom, produção de sabão, etc.) até graduação. “Nosso objetivo é o desenvolvimento da comunidade. O computador é só um meio”, diz Gladir. Este ano, a rede vai ser ampliada para 2 mil telecentros. Para isso, devem ser doados 15 mil micros, além dos 3 mil entregues no início do ano. Neste semestre, o BB inaugura novo portal da rede, onde cada telecentro vai poder construir sua página. Hoje, o site fica no portal da Responsabilidade Sócio-Ambiental. Mesmo assim, a sua suíte telecentro, toda em software livre e que vai ganhar um leitor de tela para cegos, já registra 213 mil downloads.
A Fundação Banco do Brasil, por sua vez, deve investir, este ano, R$ 2 milhões para abrir mais 45 Estações Digitais, rede de telecentros comunitários que soma, atualmente, 186 unidades. Segundo Germana Macena, gerente de núcleo da FBB, a fundação fornece máquinas novas (um servidor e dez estações), mobiliário, rede lógica e elétrica, impressora e custeio, por seis meses, da internet, do material de consumo e de bolsa de R$ 300,00 para dois educadores.
Outra estatal envolvida na inclusão digital, o Serpro quer encerrar 2007 com 200 telecentros abertos, geridos por prefeituras ou ONGs. Tem um orçamento de R$ 1,5 milhão para as 143 novas unidades. E a CEF apóia as ações de inclusão com a doção de equipamentos, que, este ano, são estimados em 7.150, entre computadores e periféricos.
Revista A Rede, nº 27, Julho/2007