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Transformação digital chega ao setor de defesa agropecuária com a Plataforma de Autocontrole
Da esquerda para a direita: Márcio Evaristo Carlos (Mapa), Estela de Medeiros (Mapa), Glauco Bertoldo (Mapa), Brenno Sampaio (Serpro), José Guilherme Leal (Mapa), André de Cesero (Serpro), Bruno Vilela (Serpro), Aline de Castro (Serpro).
Empresas privadas de insumos agropecuários, alimentos e produtos de origem animal ou vegetal podem, com o apoio da tecnologia, incrementar de forma significativa os procedimentos de sua cadeia produtiva. Estamos falando de uma verdadeira transformação digital iniciada com o Projeto Autocontrole de Defesa Agropecuária, ferramenta que vai permitir, entre outras conquistas, reduzir o custo dos processos e aumentar a eficiência do serviço, trazendo muito mais transparência à pasta.
O agente privado pode, com o mecanismo de autocontrole, implantar, executar, monitorar, verificar e corrigir procedimentos de produção e distribuição de insumos agropecuários, alimentos e produtos de origem animal ou vegetal, visando garantir sua inocuidade, identidade, qualidade e segurança.
O que a plataforma oferece?
Em sua primeira etapa, o projeto consiste em estruturar o ambiente de tecnologia da informação, formado por vários sistemas integrados e que resultam na Plataforma de Autocontrole. A solução está sendo desenvolvida pelo Serpro para a Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Está prevista a elaboração de dois módulos: um módulo digital para autocontrole, para eliminar os controles em papel e apoiar a gestão de qualidade do setor regulado; e outro módulo de fiscalização digital, para consolidar fontes de informações como movimentação, produção, resultado de amostras e sensores em uma base de dados de inteligência analítica.
O secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal (foto acima e à direita), afirma que a expertise do Serpro em trabalhar com sistemas críticos dá, ao Mapa, muita convicção de que a pasta está dando um salto importante. “É a parceria com o Serpro que vai nos dar condições para uma grande mudança de procedimentos, que é a implantação do autocontrole para a defesa agropecuária de forma transversal, integrando o setor privado com a ação da auditoria do Ministério. Estamos confiantes principalmente no que diz respeito à melhoria do nosso desempenho na prestação de serviço para os usuários e para a sociedade como um todo”, comemora.
O diretor de relacionamento com clientes do Serpro, André de Cesero (foto à esquerda), detalha que a nova plataforma traz, em termos de inovação, a proximidade do setor regulado com o governo federal. “Nela, as empresas responsáveis por rodar seu ciclo produtivo de insumos agropecuários podem declarar todos os estágios de produção da sua cadeia de valor”, conta.
“A partir do momento em que essas informações começam a chegar de maneira padronizada e centralizada, o Ministério tem condições de estabelecer políticas mais inteligentes de fiscalização, de regulação, de interação com esse setor de uma forma muito mais ágil, mais inteligente e muito menos onerosa”, explica André de Cesero.
Tecnologia para mudar a história
Atualmente, grande parte das ações de fiscalização das cadeias produtivas de origem animal e vegetal, realizadas pelo Ministério, são executadas com base em planejamento previamente estabelecido e culminam na execução de ações de campo pelos auditores fiscais.
Brenno Sampaio, superintendente de relacionamento com clientes do Serpro, explica a importância de mudar esse curso. “Quando a gente começa a inverter o fluxo dessa informação e as empresas passam a nos dar o imput dos dados, é possível fazer uma fiscalização inteligente, uma fiscalização seletiva, com uso de inteligência artificial e uso de tendências de predição”, defende.
O autocontrole é um meio de estreitar laços e aproveitar a sinergia entre os controles privados e os públicos, organizados nessa plataforma digital, que passa a gerar informações de relevância no intuito de aumentar a eficiência do setor produtivo e do Estado brasileiro.
Modernização do Ministério
Além do autocontrole, o contrato entre Serpro e Mapa prevê a prestação de outros serviços de tecnologia. Podemos destacar a plataforma de soluções analíticas, uma grande solução de big data para conseguir criar painéis inteligentes de suporte à tomada de decisão, para os níveis de secretário, diretores e coordenadores.
“É a parceria com o Serpro que vai nos dar condições para uma grande mudança de procedimentos, que é a implantação do autocontrole para a defesa agropecuária de forma transversal, integrando o setor privado com a ação da auditoria do Ministério", secretário José Guilherme Leal
O Serpro está trazendo também, para dentro da sua gestão, a hospedagem e a sustentação de alguns sistemas estruturantes da Secretaria de Defesa Agropecuária, como o Hub Laboratorial. Esse sistema vai cruzar informações de resultados laboratoriais advindos do autocontrole das agroindústrias com os resultados oficiais em amostras coletadas pelos auditores fiscais federais agropecuários e analisadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária.
Além desse, vem também a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), composta por uma base de dados única e módulos de gestão de informações de interesse da defesa agropecuária e do agronegócio brasileiro.
O Sipeagro é o sistema utilizado pelo Mapa para registro e cadastro de estabelecimentos e produtos agropecuários. Utilizado como ferramenta para realização e acompanhamento dos Processos Administrativos de Fiscalização, gera relatórios básicos do sistema e emite o certificado de estabelecimentos e produtos registrados e/ou cadastrados pelo Ministério.
Já o Sistema Hiperintegrado de Vigilância Agropecuária (Shiva) permite ao Ministério ter um controle maior sobre a qualidade dos produtos exportados, além de estar integrado ao Portal Único de Comércio Exterior.
Clique na imagem e veja mais fotos do último encontro entre o Serpro e o Ministério da Agricultura: