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Innova Summit
Inovação no Serpro: o caminho deve ser a valorização das pessoas e da cultura
“Cultivando uma cultura de inovação: o papel das pessoas e da tecnologia” foi o tema abordado pelo diretor-presidente do Serpro, Alexandre Amorim, em sua participação no Innova Summit, em Brasília. Nesta quarta-feira, 21 de junho, Amorim falou no palco principal do evento, para uma plateia de mais de mil pessoas, sobre o que considera como a base para a inovação: “pessoas e cultura”.
“Estamos vivenciando a popularização da inteligência artificial, tecnologia que vem para facilitar a vida de uma grande parte das pessoas. Mas precisamos nos questionar também qual o futuro do desenvolvimento, das linguagens de programação, dos serviços públicos? São essas as perguntas que precisamos fazer todos os dias em uma empresa que serve ao Estado brasileiro e a resposta mais óbvia é que precisamos seguir fomentando a inovação”, defendeu Amorim.
Para o presidente do Serpro, desenvolver uma cultura de inovação nas corporações exige, no mínimo, quatro elementos. O primeiro é promover um ambiente saudável para as pessoas, em que os times estejam motivados para o desafio empresarial. Para isso, ele conta que é preciso garantir contrapartidas em benefícios e segurança. “A inovação é um trabalho em equipe. Com isso em mente, é preciso valorizar as pessoas. E no Serpro são mais de 7,8 mil pessoas e todas são importantes para a jornada da empresa”, afirma.
O segundo ponto é estar aberto à experimentação. Inovar é necessariamente correr riscos, é falhar antes de ter sucesso. Criar experimentos dentro de um ambiente controlado é uma das formas de aprender e evoluir. “O desafio do Serpro é construir esse clima, apesar das limitações impostas à realidade da empresa pública. Acredito fielmente que no ambiente público é preciso que os times saibam que podem experimentar e como gestor é preciso liderar as pessoas para essa realidade”, avalia Amorim.
“A colaboração é fundamental para a inovação”, sentencia. Como terceiro aspecto, Alexandre Amorim destacou a importância do diálogo do Serpro enquanto estatal com diferentes públicos: comunidade acadêmica, startups, instituições públicas e privadas, fóruns de inovação e também com o cidadão. “Estar aqui é uma inovação para o Serpro, é estar perto das pessoas, conhecer as necessidades e voltar para casa para entender como podemos evoluir os serviços”, pontua. “É muito importante estar próximo das universidades, da ciência, do ecossistema de inovação. Compartilhar conhecimento é avançar para que sejamos um centro de excelência tecnológica para o Brasil”.
O último elemento é o que viabiliza a revolução dos processos, as mudanças aceleradas e os novos jeitos de fazer: a tecnologia que transforma. “O Serpro é a maior empresa pública de tecnologia da informação do mundo e lá precisamos constantemente atualizar o nosso modo de pensar”, pondera Amorim. Ele destaca que a inovação tecnológica está nos serviços digitais, na redução do uso de papel com soluções como a carteira digital de trânsito, por exemplo, mas também está na busca de uma tecnologia responsável socialmente, que seja inclusiva e verde.
Inovação constante
“Em breve vamos inaugurar um novo centro de dados em São Paulo, que reduzirá significativamente o impacto ambiental gerado pelo antigo Centro de Processamento de Dados (CPD). Em Brasília, estamos com uma série de ações que também trarão melhoria no uso de recursos naturais. Isso é inovação”, declara o presidente.
Amorim ressaltou também o papel do Serpro como agente de inovação no Brasil ao garantir não só qualidade e segurança para os serviços do governo, mas ao trazer facilidade ao cidadão. “Quem teve a oportunidade de utilizar a declaração pré-preenchida do imposto de renda sabe o quanto é possível simplificar um serviço. Mas é fácil? Não. Nossas equipes precisaram, junto com nosso parceiro Receita Federal, realizar inúmeros testes para oferecer uma experiência ainda mais simples para o contribuinte”, explica.