Notícia
Cidadania
Serpro inaugura programa de diálogo com a sociedade civil
Da esquerda para a direita: o representante do Observatório de Inclusão, Ricardo Valle, a secretária da Mulher e Juventude da Unicatadores, Aline Sousa, o presidente do Serpro, Alexandre Amorim, e a também integrante do Observatório, Márcia Kumer
Nesta terça-feira, 2 de maio, o Serpro recebeu instituições da sociedade civil para abrir um importante espaço de diálogo com as comunidades. Para inaugurar a prática, o diretor-presidente do Serpro, Alexandre Amorim, participou de agenda com a Centcoop (Central de Cooperativas de Trabalho de Materiais Recicláveis do Distrito Federal) e Programa Diogo de Sant’Ana Pró-Catadoras e Pró-Catadores para a Reciclagem Popular para discutir ações da empresa para alavancar o Programa de Investimento Social do Serpro (ISS).
O ISS tem como premissa o desenvolvimento de ações sociais, socioeducacionais, socioambientais, culturais e esportivas que incentivem a inclusão digital e social das comunidades. “A responsabilidade social de uma empresa pública como o Serpro deve estar orientada às políticas públicas do Estado, à transformação social e, principalmente, à capacidade de implementar ações que gerem resultados ‘no agora’ mas também ‘no futuro’ e, que assim, possam viabilizar uma mudança real no ambiente e na comunidade atendida", declarou o diretor-presidente do Serpro, Alexandre Amorim.
Aline Sousa, diretora geral da Centcoop e secretária da Mulher e Juventude da Unicatadores, apresentou a proposta dos Ecopontos, projetos possíveis de serem desenvolvidos em parceria com instituições públicas. “A coleta seletiva hoje precisa de tecnologia. Os projetos que conhecemos ao redor do mundo usam sistemas para identificar os resíduos e permitir maior geração de renda aos catadores. Isso porque cerca de 70% de tudo que é coletado de forma tradicional é perdido, os catadores na verdade têm baixo acesso ao resíduo limpo, ou seja, ao resíduo que é possível ser transformado em renda. Com a instalação de ecopontos modernos, podemos mudar essa situação, pois realizamos a recuperação diretamente na fonte da coleta”, explicou Aline.
Os ecopontos são locais destinados à coleta seletiva inteligente que traz benefícios também para o cidadão que adere à cultura da correta destinação dos resíduos, para os catadores e, sobretudo, para o meio ambiente. “No Serpro, temos uma forte inclinação de orientar nossas ações socioambientais ao descarte ambiental correto de eletrônicos e o projeto dos ecopontos converge com nossos interesses”, avaliou Amorim. O presidente ainda acrescentou que a empresa pode ir além apoiando projetos que favoreçam a inclusão digital e transformação social na veia junto aos catadores, com o desenvolvimento de cursos, games, e até de uma plataforma de uso público para criação de uma ‘moeda verde’ ou mesmo na emissão de crédito de carbono para instituições de catadores do Brasil. “Nosso objetivo é patrocinar projetos que revolucionem comunidades por meio da tecnologia social”, sentenciou.
Meio ambiente
“Precisamos muito impactar a cultura do nosso país. É preciso desenvolver uma mentalidade diferente para que as pessoas adotem a coleta seletiva em suas rotinas. Ao mesmo tempo, é preciso oferecer espaços adequados para isso”, ressaltou Márcia Kumer, do Observatório da Inclusão. Para ela, a ideia do Serpro de apostar em treinamento e ações que estão ligadas à cultura são essenciais. “Precisamos sensibilizar e ensinar à sociedade brasileira que o descarte correto dos resíduos gera renda para muitas famílias, além do cuidado com o meio ambiente. Fazer isso em parceria com o governo é fundamental”, complementou.
Outro participante da agenda, também do Observatório de Inclusão, Ricardo Valle relembrou o histórico do Serpro com telecentros. “O Serpro foi uma referência com seu Programa de Inclusão Digital, um parceiro importante do governo federal com outros entes para diminuir as desigualdades sociais nessa área. O Serpro tem projeto de retomar algo concreto na área de inclusão digital?”, questionou Valle. O presidente do Serpro informou que o projeto de inclusão digital da empresa será retomado. “Circula TI é o nome do nosso novo programa de inclusão digital, que está em fase final de estruturação e já temos projetos-piloto espalhados pelo país”, acrescentou Amorim.
“No Circula TI, vamos atender exclusivamente entidades da sociedade civil. Queremos ser parceiros, prioritariamente, dos estados e municípios na luta contra a exclusão digital. O Serpro investiu, recentemente, na renovação do seu parque computacional e nosso objetivo, agora, é que os equipamentos obsoletos para a empresa tenham uma nova história e possam servir aos cidadãos e cidadãs desse país de variadas formas”, finalizou o diretor-presidente do Serpro.
Da esquerda para a direita: a superintendente de Comunicação e Marketing do Serpro, Loyanne Salles, Aline Sousa, Alexandre Amorim, Márcia Kumer e a assessora da Presidência do Serpro, Sandra Sipp