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ÁFRICA
Serpro integra comitiva do governo brasileiro em Angola
Presidentes das duas estatais de processamento de dados: Serpro, do Brasil, e Setic-FP, da Angola
Uma comitiva do governo do Brasil liderada pelo presidente Lula reuniu ministros de Estado e autoridades públicas da administração federal para retomar as relações entre Brasil e África. As agendas, realizadas nos dias 24 e 25 de agosto, versaram entre acordos e planejamentos de cooperação. O diretor-presidente do Serpro, Alexandre Amorim, fez parte do grupo com o propósito de intensificar as discussões sobre a colaboração entre empresas públicas de processamentos de dados dos dois países.
“A ciência e pesquisa farão parte da cooperação. Nossas agências de processamento de dados e tecnologias de informação desenvolverão software juntas, com amplo compartilhamento de capital intelectual”, adiantou o presidente Lula. O Serpro, maior empresa pública de TI do mundo, faz parte da proposta de esforços do Brasil para troca de inovação e para ofertar soluções inovadoras com aplicação global.
A estatal brasileira estuda estreitar a relação com o Serviço de Tecnologias de Informação e Comunicação para as Finanças Públicas (Setic-FP), instituição criada em 2015 pelo Ministério das Finanças da República de Angola. O Setic-FP tem a missão de estabelecer normas e padrões para as infraestruturas tecnológicas e para o desenvolvimento dos sistemas de informação do segmento de finanças.
No dia 24, Amorim foi recebido pelo corpo diretivo da instituição angolana. Visitou as instalações e conheceu o centro de dados da empresa. Na pauta do encontro, ouviu as lideranças do Setic-FP detalhando as principais necessidades da organização em seus processos e na sua abrangência.
Segundo Alexandre Amorim, a parceria entre Serpro e Setic-FP prevê um rol de atividades que inclui pesquisa, desenvolvimento de software, transferência tecnológica, compartilhamento de capital intelectual, mão de obra especializada, capacitação e treinamento.
“Dada a missão da Setic-FP e a experiência do Serpro em grandes soluções tecnológicas, estudamos um acordo de cooperação para apoiar o Estado Angolano a desenvolver serviços de governo garantindo a confiabilidade, a integridade e a confidencialidade dos dados, promovendo uma visão integrada da informação e a melhoria dos serviços prestados à sociedade desse país”, detalhou Amorim.
Tecnologia para a inclusão
Edilson Coelho, diretor geral do Setic-FP, falou sobre a relevância dessa parceria entre as entidades. “O Setic-FP está muito expectante para as futuras cooperações a serem firmadas, sendo que estas representarão um marco histórico para o desenvolvimento tecnológico das finanças públicas”, adiantou Coelho. “A aproximação institucional hoje feita com o Serpro é o início de uma trajetória onde ambas as partes têm, nas agendas, necessidades específicas cuja finalidade assenta no desenvolvimento do capital humano e na melhoria da eficiência dos serviços públicos prestados aos cidadãos”, declarou.
Já Alexandre Amorim frisou que o avanço tecnológico deve ser visto como uma poderosa ferramenta de inclusão social, jamais como mais um instrumento de segregação. “Quando falamos de tecnologia, estamos falando de educação, saúde, transporte, segurança, produção, distribuição de alimentos e tantos outros elementos que impactam diretamente a qualidade de vida das pessoas. Da mesma forma que desejamos e trabalhamos neste sentido para o povo brasileiro, temos condições de colaborar aos nossos irmãos africanos nesta missão que é dar pleno acesso aos serviços de Estado a cada cidadão e cidadã”, finalizou.
