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Cidadania
Protagonismo feminino negro impulsiona empreendedorismo e transformação social

Mais de 500 pessoas circularam pela 4ª edição da Expo Mulher Negra e Cia, realizada no dia 23 de agosto em São Paulo. A programação contou com oficinas, palestras, música e rodas de conversa, reunindo mais de 40 expositoras e consolidando o evento como uma plataforma de empoderamento, formação e visibilidade para mulheres negras e periféricas. Patrocinado pelo Serpro, a Expo também promoveu capacitações em empreendedorismo digital e debates sobre saúde, autoestima e inclusão produtiva, mostrando que tecnologia e cidadania devem caminhar juntas.
Justiça econômica e inclusão digital
Mais do que um espaço de vendas, a Expo Mulher Negra e Cia é um movimento que fortalece redes de apoio e amplia o acesso de mulheres negras ao mercado digital. De acordo com a organização do evento, entre as expositoras, 70% ainda não atuam no ambiente online, o que ilustra o desafio da inclusão digital no empreendedorismo feminino. Oficinas sobre marketing, gestão financeira e formalização como MEI ajudaram a reduzir essa lacuna. Uma pesquisa feita entre as expositoras revelou que 40,9% ainda não possuem registro como microempreendedoras individuais e 2,3% sequer sabiam o que é MEI.
Durante sua fala na abertura do evento, Dedite Souza, supervisora da área de Investimento e Responsabilidade Social Empresarial do Serpro, destacou o papel da TI pública nesse processo de transformação. “Acima de tudo, o Serpro acredita que a tecnologia deve ser uma ferramenta para transformar a sociedade. É por isso que apoiamos eventos como este, que colocam a inclusão como o centro da pauta”, afirmou. “Ao apoiar o empreendedorismo de mulheres negras, estamos incentivando um vetor real de emancipação social, econômica e cultural”, completou.
Inclusão social como política de Estado
Dedite abordou a importância do Serpro como a empresa de TI do governo federal, responsável por sistemas estratégicos como imposto de renda, nota fiscal eletrônica, carteira de motorista digital e FGTS Digital. Mas fez questão de enfatizar que, como organização pública, o Serpro vai além.
De acordo com ela, a estatal atua de forma proativa na promoção da inclusão social e digital, e está continuamente consolidando uma agenda de responsabilidade alinhada aos princípios ESG. Diversas iniciativas da empresa ampliam oportunidades e ajudam a reduzir desigualdades sociais, com ações focadas em grupos historicamente excluídos e buscando priorizar aquelas que geram impactos concretos e sustentáveis na sociedade.
“Acreditamos que a transformação digital só faz sentido quando promove também justiça social”, disse, ao detalhar programas como o Agora 3T (voltado à população trans e travesti), Agora 2M (para mulheres em vulnerabilidade), os Sítios Serpro (espaços de acesso gratuito à internet) e os mais de 600 espaços de cidadania digital já estruturados com equipamentos doados a entidades sociais em todo o país.
A porta-voz do Instituto Mulher Negra e Cia, Erica Fragoso, também valorizou a participação da estatal. “Mais do que fornecer tecnologia ao país, o Serpro atua como um instrumento de Estado comprometido com o desenvolvimento inclusivo e sustentável do Brasil. A empresa prioriza iniciativas sociais que promovam a equidade, valorizam a diversidade e geram impacto real em comunidades historicamente excluídas”, concluiu.