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O custo invisível da multitarefa: Quando a distração vira aliada da fraude e da ineficiência

Artigo mostra que a multitarefa reduz a produtividade e aumenta erros ao fragmentar a atenção. Essa distração também eleva a vulnerabilidade a fraudes digitais, tornando o foco uma defesa essencial.
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por Rodolfo Blaauw — 18 de dezembro de 2025

Em um mundo impulsionado cada vez mais pela dependência tecnológica e por um ritmo de trabalho cada vez mais acelerado, a habilidade de ser "multitarefas" tem sido erroneamente promovida como uma virtude e, por vezes, uma exigência profissional inegociável. A capacidade de conciliar diversas demandas, tais como: responder e-mails urgentes, participar de videoconferências, atender ligações e ainda manter o foco em projetos estratégicos — é vista como o auge da produtividade.

No entanto, por trás dessa sensação errônea de eficiência, esconde-se um custo invisível e alarmante, com sérias implicações não apenas para a produtividade e bem-estar, mas, crucialmente, para a nossa segurança digital. A habilidade aparente de gerenciar várias atividades ao mesmo tempo, pode estar nos tornando mais vulneráveis do que imaginamos.  

Ao procurarmos o conceito de multitarefa encontraremos como resposta a capacidade de realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo, porém se levarmos em conta a ciência cognitiva que é o campo que estuda a mente e os processos mentais, ou seja, a busca pelo entendimento como o cérebro humano processa as informações, esse conceito de multitarefa está equivocado. 

O cérebro humano, com poucas exceções para tarefas altamente automáticas, não consegue processar informações complexas de forma verdadeiramente simultânea. O que vivenciamos como multitarefa é, na verdade, uma rápida e ineficiente alternância de tarefas, ou task switching [1]. 

Cada vez que desviamos nossa atenção de uma atividade para outra, nosso cérebro impõe um “custo de troca”, ou seja, ele precisa se desconectar da tarefa anterior, redirecionar o foco, recuperar informações pertinentes e ativar os circuitos neurais adequados à nova demanda. Embora esse processo pareça ser imediato, ele demanda tempo e recursos cognitivos valiosos.   

Estudos conduzidos por Meyer, D. E., Evans, J. E., & Rubinstein, J. S. [1] indicam que a multitarefa pode reduzir a produtividade e aumentar o tempo total necessário para completar um conjunto de tarefas.  

Além disso, a troca frequente de tarefas gera o que pesquisadores chamam de attention residue, resíduo de atenção [2]. Mesmo após iniciarmos uma nova atividade, parte da nossa atenção e dos nossos recursos cognitivos permanece vinculada à tarefa anterior, comprometendo a atenção necessária para a nova atividade. Isso não apenas diminui a qualidade do trabalho, mas também eleva a probabilidade de erros e falhas de memória. 

Perigos da Multitarefa 

Os prejuízos causados pela multitarefa não se limitam somente à queda de produtividade, mas também aos seguintes pontos: 

  • Deterioração da Qualidade e Aumento de Erros: a execução superficial das atividades resulta em entregas de má qualidade e um aumento expressivo na ocorrência de falhas, gerando assim, um grande impacto tanto no ambiente profissional quanto no quesito pessoal;  
  • Estresse e Esgotamento Mental (burnout): a exigência contínua de alternar o foco entre múltiplas tarefas, somada a sensação de não conseguir "dar conta" desencadeiam um estado de estresse crônico;  
  • Comprometimento à Memória e do Processo de Aprendizagem: quando a atenção é constantemente dividida, torna-se mais difícil fixar novas informações e ter um aprendizado mais consistente;  
  • Redução da Criatividade e Pensamento Crítico: soluções criativas e análises profundas exigem foco contínuo, algo que a multitarefa impede ao dispersar a atenção;  
  • Impacto nas Relações Pessoais: a presença física sem atenção pena compromete a comunicação e enfraquece a qualidade das interações, tanto na vida profissional quanto na vida pessoal. 

Distração como Aliada da Fraude 

Neste cenário de sobrecarga mental e atenção dispersa, surge um risco mais sutil e perigoso: a crescente vulnerabilidade a golpes e fraudes digitais. Os golpistas atuam como verdadeiros psicólogos sociais, dominam as falhas da atenção humana e sabe explorá-las com precisão. 

Enquanto estamos consumidos por várias tarefas, nossa capacidade de perceber inconsistências, validar informações ou questionar a urgência de certas solicitações, se torna significativamente comprometida. Um e-mail de phishing — que em um momento de atenção plena seria prontamente reconhecido por erros sutis de linguagem, domínios suspeitos ou tom incomum — pode passar despercebido. Links maliciosos são clicados sem verificação, boletos adulterados ou chaves Pix falsas são pagas sem a conferência minuciosa dos dados do destinatário.  

A engenharia social — estratégia recorrente entre fraudadores — se apoia na exploração das vulnerabilidades humanas, sendo a distração provocada pela multitarefa uma de suas aliadas mais eficazes. Sob constante pressão para produzir e lidar com múltiplas demandas simultâneas, é comum que decisões sejam tomadas de forma apressada e imprecisa, ignorando sinais de alerta que, em condições de atenção plena, seriam facilmente percebidos. 

 Alguns exemplos: 

  • Phishing e Smishing: e-mails ou mensagens de texto (SMS) que imitam comunicações bancárias, geralmente são acompanhadas por links para “regularizar sua conta”, são armadilhas comuns. Em momentos de distração, a vítima pode não perceber sinais sutis de fraude, como um remetente suspeito, erros gramaticais ou até mesmo utilização de uma linguagem incomum e acabar clicando em um link sem a devida precaução; 
  • Fraudes com Boletos Bancários e Chaves PIX: a urgência em realizar pagamentos favorece aa desatenção, aumentando o risco de quitação de boletos adulterados, muitas vezes sem a conferência adequada dos dados do recebedor, da autenticidade do código de barras e da chave PIX; 
  • Golpes do Suporte Técnico: em meio a correria do dia a dia, uma ligação inesperada de um falso atendente pode convencer a vítima a instalar programas maliciosos ou compartilhar dados sensíveis, acreditando estar recebendo uma ajuda legítima. 

É importante reconhecermos que a pressão pela multitarefa nem sempre surge de uma escolha individual. Muitas organizações, na busca por maior eficiência, acabam criando ambientes que, ainda que de forma não intencional, estimulam ou até exigem que seus colaboradores atuem em múltiplas frentes simultaneamente. Metas ambiciosas, excessos de demandas e a cultura do “sempre disponível” alimentam um ciclo vicioso que compromete o foco e a qualidade do trabalho.

Nesse cenário, a segurança digital deixa de ser uma responsabilidade isolada e passa a ser compartilhada. Cabe às empresas não apenas investir em tecnologias avançadas, mas também promover a conscientização sobre os riscos da multitarefa. É fundamental cultivar uma cultura organizacional que valorize a atenção plena e incentive a monotarefa, especialmente em atividades críticas.   

Estratégias para um Futuro mais Seguro e Produtivo 

Em termos de hiperconectividade e ameaças digitais cada vez mais sofisticadas, a atenção tornou-se nossa primeira linha de defesa. Para construir um ambiente mais seguro e produtivo, é essencial adotar práticas conscientes que protejam tanto nossa cognição quanto nossos dados como:  

  • Priorize a Monotarefa: dedique-se a uma tarefa complexa por vez. Reserve blocos de tempo para o chamado “trabalho profundo”, livre de quaisquer interrupções;  
  • Gerencie Distrações de Forma Proativa: desative notificações irrelevantes e utilize ferramentas que bloqueiem sites e aplicativos durante períodos de foco;  
  • Pratique Pausas Conscientes: intervalos curtos entre as tarefas ajudam a “reiniciar” a mente, reduzindo o resíduo de atenção e melhorando o desempenho;  
  • Adote o Ceticismo Digital: mantenha uma postura crítica diante de mensagens inesperadas, especialmente aquelas que apelam para urgência ou solicitam dados sensíveis;  
  • Verifique Antes de Agir: antes de clicar, pagar ou compartilhar, revise cuidadosamente remetentes, URLs e dados do destinatário;  
  • Invista em Educação Contínua: esteja sempre atualizado sobre novas táticas de fraude. Informação é uma ferramenta poderosa de prevenção;  
  • Estabeleça Limites e Saiba Dizer “Não”: gerencie as expectativas e reconheça que sua atenção é um recurso limitado e valioso. 
Conclusão 

A multitarefa, longe de representar alta performance, compromete nossa capacidade cognitiva, reduz a produtividade e nos torna mais vulneráveis a riscos digitais. Em um mundo saturado de informações e ameaças, cultivar a habilidade de direcionar a atenção de forma intencional e focada é mais do que uma estratégia de produtividade, é uma medida essencial de autodefesa e um dos pilares da cibersegurança. 

Repensar nossos hábitos de trabalho e adotar uma cultura de foco é um passo crucial para proteger nosso tempo, nossa mente e nossos recursos digitais. A verdadeira produtividade e segurança não estão em realizar múltiplas tarefas simultaneamente, mas sim em dedicar em atenção plena o que realmente importa. 

Referências: 

[1] Meyer, D. E., Evans, J. E., & Rubinstein, J. S. (2001). Executive control of cognitive processes in task switching. Journal of Experimental Psychology: Human Perception and Performance, 27(4), 763–792. Disponível em: https://www.apa.org/pubs/journals/releases/xhp274763.pdf 

[2] Leroy, S. (2009). Why Is It So Hard to Do My Work? The Challenge of Attention Residue When Switching Between Tasks. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 109(2), 167-181. 

_______________

Sobre o autor

 

Rodolfo Blaauw é Analista da área de Combate à Fraude Cibernética do Serpro. Formado em Ciência da Computação, MBA em Administração da Tecnologia da Informação pela Unisinos, Pós Graduado em Gestão de Riscos e Cibersegurança e Pós Graduando em Defensive Cyber Security na FIAP. Possui certificações Microsoft. Trabalha no Serpro há 18 anos. 

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