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Soberania
Serpro reforça papel estratégico da Nuvem de Governo em reunião com ministros da Fazenda e da Gestão

Um dia após o anúncio do novo decreto que regulamenta a governança e o compartilhamento de dados no setor público federal, o presidente do Serpro, Alexandre Amorim, reuniu-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, para tratar da Nuvem de Governo como infraestrutura essencial para a soberania digital do Estado brasileiro.
A reunião reforça o alinhamento estratégico do Governo Federal. O evento “Transformação Digital: um governo para cada pessoa”, realizado ontem no Palácio do Planalto, marcou a assinatura do decreto pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que estabelece o uso obrigatório da Nuvem de Governo para o tratamento de dados classificados como sensíveis, como informações fiscais, bancárias e previdenciárias.
Uso obrigatório e soberania: a Nuvem como ambiente oficial de dados sensíveis
Com a regulamentação, a Nuvem de Governo torna-se o ambiente oficial para o processamento de dados estruturantes, quando em modelo de infraestrutura de nuvem, devendo ser adotada por todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal, conforme diretrizes de segurança, interoperabilidade e soberania previstas no decreto.
A Nuvem de Governo do Serpro foi lançada em 2023. Uma vez que o caminho natural de evolução tecnológica no Brasil poderia culminar na necessidade dos clientes públicos migrarem dados estruturantes para o modelo de nuvem, o Serpro tomou uma decisão corajosa de investir em uma infraestrutura crítica construída para garantir que informações estratégicas continuassem sob total domínio estatal.
“A nova plataforma tributária do país só será possível porque o Serpro já estava pronto. Antecipamos esse movimento com a construção da Nuvem de Governo, que garante a robustez necessária para enfrentar aquele que será o maior desafio tecnológico do Estado brasileiro nas próximas décadas. Estamos falando de um sistema que exigirá processar até 25 mil transações por segundo, lidar com 70 bilhões de documentos fiscais e sustentar cerca de 800 bilhões de operações ao ano. Isso demandará, até 2032, uma capacidade de armazenamento 5,6 vezes maior do que tudo o que acumulamos em mais de 60 anos de relacionamento com a Receita Federal”, afirma Amorim.
Política de dados amplia papel estratégico da Nuvem
O decreto também prevê a estruturação de uma política de governança de dados, com a criação da figura do Executivo de Dados (CDO) em cada órgão e a formalização de curadorias e fluxos de compartilhamento. Essa nova arquitetura garante que a Nuvem de Governo seja mais do que uma solução tecnológica: ela passa a ser o alicerce para um Estado mais digital e soberano.
A articulação entre Serpro, Ministério da Fazenda e Ministério da Gestão será decisiva para garantir que a adoção da Nuvem de Governo ocorra de forma coordenada, respeitando as especificidades de cada órgão e promovendo ganhos reais de eficiência, segurança e controle sobre o patrimônio digital do país, que são as informações críticas do Estado. “Cabe ao Serpro, como empresa de Inteligência em Governo Digital, estar pronto para implementar as políticas públicas do nosso Estado. A soberania, também em ambiente digital, é um ativo estratégico da nação”, finaliza Amorim.
Participaram da reunião também o assessor especial do Ministério da Fazenda, Igor Marchesini Ferreira; o secretário de Governo Digital do MGI, Rogério Souza Mascarenhas; a assessora especial do MGI, Miriam Barbuda Fernandes Chaves; a diretora de Programa do MGI, Mariana Brito; e o líder do Projeto de Nuvem do Serpro, Eduardo Cardim.