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Serpro apresenta Nuvem de Governo e soluções em IA para a inovação tecnológica dos municípios

O Serpro apresentou, nesta terça-feira (29), suas soluções tecnológicas voltadas à transformação digital de estados e municípios, com destaque para a Nuvem de Governo e os recursos de inteligência artificial desenvolvidos para apoiar a gestão pública. A empresa está presente em painel, palestra e estande no Smart Gov Brasília, evento que reúne autoridades e especialistas na capital federal, demonstrando o impacto positivo que a sua atuação promove no setor público e no país.
A diretora de Negócios Econômico Fazendários do Serpro, Ariadne Fonseca, destacou o papel da empresa estatal como parceira estratégica na construção de um governo mais digital, seguro e acessível, ressaltando a importância da soberania dos dados, da interoperabilidade entre sistemas públicos e da eficiência no uso de recursos públicos.
“A Nuvem de Governo já é uma realidade no Serpro. Ela funciona nos nossos centros de dados e representa um compromisso com a soberania, a segurança e a governança dos dados do cidadão brasileiro. É uma solução construída com base nos normativos da Secretaria de Governo Digital e nas necessidades reais do Estado”, afirmou Ariadne.
Além da Nuvem de Governo, a diretora mencionou o Prefeitura +Digital, programa do Serpro que disponibilizou gratuitamente um pacote de soluções para municípios com até 30 mil habitantes. Ariadne registrou que mais de 800 prefeituras são beneficiadas pela iniciativa, cuja adesão se encerrou no último mês de julho.
Ariadne Fonseca também ressaltou o papel da estatal no desenvolvimento da tecnologia para a Reforma Tributária do Consumo, construída em parceria com a Receita Federal. “Estamos deixando uma infraestrutura para um sistema tributário mais simples, justo e digital, com mais de 150 profissionais dedicados exclusivamente a essa missão”, pontuou.
Soberania e inteligência artificial a serviço da inovação
“Inovação e nuvem são inseparáveis. Com a Nuvem de Governo, conseguimos entregar rapidamente soluções baseadas em IA que ajudam prefeituras a otimizar processos, prever demandas e melhorar o atendimento ao cidadão, sempre com ética, contexto nacional e segurança”, declarou o superintendente de Arquitetura Corporativa, Plataformas Inteligentes e Engenharia de Nuvem do Serpro, Welsinner Brito, em palestra realizada na sequência do painel.
Na sua participação, Lobinho, como é conhecido, detalhou os fundamentos técnicos da Nuvem de Governo, explicando os três pilares que sustentam sua estrutura: soberania dos dados, tecnológica e operacional. “Nossa infraestrutura é 100% operada pelo Serpro. Mesmo com tecnologia de empresas parceiras, o controle é integralmente nosso. As soluções rodam em nossos data centers, sob nossas chaves criptográficas, sem qualquer interferência externa”, explicou.
IA para municípios
O superintendente do Serpro também apresentou um conjunto de soluções de inteligência artificial que a empresa disponibiliza para aplicação na gestão pública. As diferentes aplicações permitem desde o uso de modelos biométricos e preditivos até a criação de agentes conversacionais treinados com dados locais, adaptados à realidade e à legislação brasileira.
Lobinho demonstrou que os modelos preditivos podem auxiliar na triagem e encaminhamento de processos administrativos, otimizando o uso dos recursos humanos das prefeituras. Por meio da IA, é possível classificar automaticamente os requerimentos e priorizar atendimentos com base em análises históricas. A tecnologia ainda permite a geração de minutas automatizadas, reduzindo prazos e aumentando a qualidade das respostas aos cidadãos.
Outra inovação ao alcance do setor público é a de treinar agentes conversacionais personalizados, adaptados ao contexto de cada município. Esses agentes utilizam modelos de linguagem treinados com dados específicos, garantindo respostas contextualizadas, com base na legislação brasileira e nos serviços disponíveis em cada cidade ou estado.
Por fim, o superintendente do Serpro ainda defendeu que os modelos de IA utilizados no Brasil sejam treinados em bases locais e nacionais, o que é essencial para garantir uma inteligência artificial ética, soberana e alinhada à realidade do cidadão brasileiro.
"Além de ter governança em cima dos dados, eu preciso entender que a aplicação de inteligência artificial tem que estar conectada ao contexto nacional. Eu preciso ter uma adaptação, um treinamento desses modelos, para o nosso contexto, necessidade de negócio e legislação, para que assim eu consiga entregar aplicações dentro da nossa cultura, que realmente compreendam as necessidades da nossa sociedade", concluiu Lobinho.