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Serpro adota low-code e entrega sistema dos Brics em tempo recorde

Entre os dias 6 e 7 de julho deste ano, o Brasil receberá um importante evento: a cúpula dos Brics. Nestas datas, representantes dos mais de 20 países que são membros plenos ou associados do bloco comercial e diplomático estarão presentes no Rio de Janeiro para tratar de assuntos pertinentes ao desenvolvimento econômico e social de suas nações. E credenciar as delegações que chegarão representa um desafio por si só, mas que o Serpro resolveu chamar para si e cumprir a missão da melhor forma possível.
O desenvolvimento dessa tecnologia fez uso de uma tendência cada vez maior no processo de criação de software no mundo. Trata-se do uso de low-code, uma técnica que usa ambientes de desenvolvimento integrados (IDEs, na sigla em inglês) que enfatizam elementos gráficos na programação. A técnica permite a criação de aplicativos com pouca ou nenhuma escrita de código por parte da equipe de programadores, dependendo da complexidade do sistema.
O sistema de credenciamento desenvolvido é responsável pelo cadastro dos eventos, delegações e seus integrantes que participam do evento. Através dele são realizados os credenciamentos, impressão de crachás e outras funcionalidades. Além disso, há uma integração com o portal dos Brics no Brasil, no sentido de que fornece a lista de eventos a ser exibida no portal. Tudo isso foi desenvolvido em cerca de dois meses – um prazo exíguo e que, de outra forma, talvez não pudesse ser atendido.
Gefferson Librelato, um dos desenvolvedores da solução de credenciamento, falou sobre as vantagens desta modalidade de programação. “Do ponto de vista técnico, o desenvolvimento com low-code traz uma grande vantagem em termos de agilidade e padronização. A gente consegue construir e entregar aplicações muito mais rápido do que com linguagens tradicionais como Java ou C#”, explica. Para sistemas complexos, disse o analista, isso pode fazer toda a diferença em prazos de entrega.
Mas como, especificamente, o low-code foi aplicado ao credenciamento? Ewerton de Souza, também da equipe que criou a solução, diz que ele foi usado em grande medida para modelagem visual e integrações entre módulos do sistema. “Utilizamos intensamente a modelagem visual para desenhar fluxos de processo, interfaces de usuário e modelos de dados. A plataforma facilita a criação de APIs para a integração com outros sistemas e serviços externos”, detalha.
Ewerton considera que, apesar desse nível de automação, ainda é possível criar código específico para customização, de acordo com as tarefas a serem desempenhadas em pontos específicos. A manutenção do sistema também é facilitada. “A natureza visual e a padronização inerente ao low-code também tendem a simplificar a manutenção e a evolução do sistema, pois o entendimento do que foi construído é mais direto”, pontuou.
Gefferson finaliza considerando que desenvolver com low-code combina vantagens como velocidade no desenvolvimento com robustez. “A plataforma que usamos já oferece ferramentas prontas para controle de versão, DevOps, ambientes segregados e conectores para web services, o que facilita bastante a manutenção. Do lado da arquitetura, apesar da aparência visual, ela é robusta, roda sobre uma infraestrutura consolidada. Isso garante escalabilidade e estabilidade, inclusive para aplicações críticas”, pondera o analista.