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Soberania, segurança e solidez: Serpro detalha a Nuvem de Governo em encontro com gestores federais de TI

Mais do que uma solução tecnológica, a Nuvem de Governo representa um pilar da soberania digital brasileira. A infraestrutura foi o centro de um encontro promovido pelo Serpro para reforçar, junto aos órgãos federais, a importância de migrar sistemas públicos e repatriar dados brasileiros para um ambiente seguro, íntegro e de gestão 100% nacional.
O encontro ocorreu na Regional Brasília do Serpro, na manhã desta terça-feira, 22 de julho, com dezenas de representantes de órgãos que integram o Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação do Poder Executivo Federal (SISP). A iniciativa teve como objetivo apresentar todas as características da nuvem soberana gerida pela estatal, essencial para proteger informações sensíveis do Estado, reduzir riscos de dependência tecnológica externa e promover integração entre serviços públicos digitais.
“Nós estamos juntos na defesa do Brasil. A Nuvem de Governo é um patrimônio do Estado brasileiro e deve ser sustentada como tal. Como disse o presidente Lula, o único dono desse país é o povo brasileiro. E o Serpro é do povo brasileiro”, declarou o presidente do Serpro, Alexandre Amorim, na abertura do evento.
A Nuvem de Governo é uma solução que combina robusta infraestrutura técnica, alinhamento aos normativos da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (SGD/MGI) e pleno domínio operacional por equipes altamente capacitadas da empresa.
Soberania de dados, tecnológica e operacional
“Estamos falando muito mais de soberania do que tecnologia. O que significa garantir que os dados brasileiros estejam em ambientes íntegros, sob o rigor da legislação brasileira e sem interferências externas”, afirmou Amorim. “A nuvem de governo nasceu com o compromisso do Serpro em consolidar a infraestrutura digital do Brasil. Nenhum dado sai do nosso ecossistema. Essa é uma premissa inegociável”, completou.
Durante o encontro, os convidados foram divididos em dois grupos, que se revezaram entre uma visita guiada ao Centro de Dados de Brasília e palestras técnicas sobre os pilares da Nuvem de Governo. Os participantes puderam conhecer de perto a infraestrutura física, os critérios de segurança, os diferenciais de soberania e os recursos tecnológicos já disponíveis para atender à demanda de migração e repatriação de dados de órgãos públicos.
Nuvem pública não é suficiente para dados sensíveis
Para o secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas, a parceria com o Serpro foi decisiva para transformar o conceito de nuvem soberana em realidade. “Desde o início, o Serpro comprou essa briga conosco. Não adianta ter um normativo se não temos a materialização dele. E o Serpro é essa materialização”, destacou. “Hoje podemos dizer que o Serpro tem uma oferta segura, soberana e que não perde em nada em relação às facilidades do mercado”, assegurou.
Mascarenhas lembrou que as negociações com grandes fornecedores globais foram desafiadoras, justamente por romper com o modelo dominante de nuvens públicas. A partir da Portaria SGD nº 5.950/2023, que estabeleceu os critérios de uso da nuvem de governo, passou a ser imprescindível que dados classificados como sensíveis e sigilosos fossem processados exclusivamente em infraestrutura controlada por empresa pública.
Três pilares de soberania
As apresentações técnicas foram conduzidas pelo superintendente de Arquitetura Corporativa, Plataformas Inteligentes e Engenharia de Nuvem do Serpro, Welsinner Brito, e pelo gerente do Projeto Estratégico de Estruturação da Nuvem, Eduardo Cardim.
Welsinner detalhou os três pilares da soberania digital aplicados à Nuvem de Governo: as soberanias de dados, operacional e tecnológica. “Nenhuma informação da Nuvem de Governo é replicada ou enviada sem autorização. Toda a operação é feita exclusivamente por técnicos do Serpro. E mesmo utilizando tecnologias estrangeiras, dominamos toda a gestão e manutenção dessas plataformas. Isso é soberania operacional e tecnológica na prática”, explicou.
Segundo o superintendente, os dados são protegidos por criptografia com gestão exclusiva das chaves, mantidos integralmente em território nacional, sem qualquer conexão obrigatória com outras nuvens ou estruturas internacionais.
Infraestrutura pronta para o agora
Eduardo Cardim enfatizou que, após dois anos de investimentos e preparação, a Nuvem de Governo do Serpro está pronta para receber dados e sistemas dos órgãos públicos, seja por migração de data centers vulneráveis ou por repatriação de dados hoje alocados em nuvens públicas. “O Serpro disponibilizou 60% da infraestrutura do centro de dados para a nossa nuvem soberana. Isso demonstra o compromisso real com a soberania digital”, compartilhou.
Cardim também apresentou dados de uma pesquisa do próprio SISP, segundo a qual 69% dos data centers dos órgãos públicos não possuem estratégia de recuperação de desastres, e 64% não oferecem segurança adequada. “A Nuvem de Governo está pronta para receber essas estruturas com mais segurança e eficiência”, destacou.
O presidente Amorim informou que, além da ampliação da capacidade atual, o Serpro já iniciou o projeto de construção de um novo centro de dados em Brasília, planejado para entrar em operação nos próximos dois anos. A nova instalação reforça o compromisso da empresa com o fortalecimento da Infraestrutura Nacional de Dados, em parceria com o MGI, a Dataprev e a Telebrás.
A Nuvem de Governo do Serpro já hospeda sistemas críticos do Estado, como a estrutura tecnológica da Reforma Tributária do Consumo, considerada a maior plataforma de dados do país, e soluções do IBGE, que migraram para o ambiente soberano em 2024. A solução também já integra tecnologias de parceiros como AWS, Google, Huawei e Oracle, todas operadas com os mais altos padrões de segurança e sob gestão técnica exclusiva do Serpro.
O que é o SISP
O Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP) foi instituído pelo Decreto nº 7.579/2011, com o objetivo de organizar a operação, controle e coordenação dos recursos de TI da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo Federal. É composto por órgãos centrais, setoriais, seccionais e correlatos, com a Secretaria de Governo Digital (SGD/MGI) como órgão central.