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“A TV do futuro é impensável sem interatividade”
O painel foi aberto com os professores Luiz Fernando Soares (PUC-RJ) e Guido Lemos (UFPB), que apresentaram o Ginga, middleware desenvolvido no Brasil, em código aberto, que, somado ao padrão japonês adotado, faz do sistema de TV digital do Brasil o mais avançado do planeta.
Ao incluir diferentes linguagens de programação e script - NCL, LUA e Java -, o Gginga amplia o atendimento de funcionalidades requeridas nos projetos de aplicação do sistema. Entretanto, o middleware enfrenta problemas com royalties, pelo uso do Java.
A evolução e necessidade de interação da audiência com a televisão foi exposta pelo secretário nacional de política de informática, Augusto Gadelha. Apesar de afirmar que não há possibilidade de uma TV Digital ser pensada sem interatividade, gadelha disse: “é preciso saber que tipo de interatividade a população deseja”.
O secretário ressaltou a inovação do Governo Federal ao estabelecer 22 grupos de pesquisa em universidades para estudos sobre o novo sistema. “O padrão já está definido, o que falta é resolver as questões legais”, concluiu.
Transição com responsabilidade
Já o secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, Roberto Pinto Martins, comparou a evolução da TV com os celulares, cuja mudança de tecnologia avançou rapidamente nos últimos anos. O que não é possível com a televisão, cujo aparelho eletrônico tem maior presença nas residências do país. “Imagine a responsabilidade de um governo em adotar um padrão de tecnologia que deve perdurar de 15 a 20 anos! O processo de transição não pode ser custoso para a população”, ressaltou.
Educação
A preocupação com o aproveitamento da nova TV para ampliar o acesso e a difusão da educação foi colocada pela professora da UFRGS, Léa Fagundes. “A TV Digital abre uma possibilidade enorme para a educação”, declarou.
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Comunicação Social do Serpro - Brasília, 29 de agosto de 2008