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Audioteca busca parcerias para manter e ampliar atendimento a deficientes visuais no Rio
Criada em 1986, a Audioteca, com sede no centro do Rio e núcleos em cinco cidades fluminenses, produz e empresta livros falados (audiolivros), na forma de fitas cassete, CDs ou MP3. O acervo reúne mais de 3 mil obras, desde literatura em geral e textos religiosos a livros didáticos e provas corrigidas para concursos públicos.
De acordo com a coordenadora da Audioteca, Christine Blume, com as leis que asseguram cotas para os deficientes visuais nos concursos públicos aumentou muito a demanda desse segmento por livros didáticos. “O que a gente percebe é que os deficientes visuais, tendo acesso à literatura, seja em braille ou em audiolivros, conseguem um acesso bem mais fácil às carreiras, progridem no ensino regular e tudo isso contribui para torná-los cidadãos mais conscientes”, afirma Christine.
Segundo a coordenadora, o caráter filantrópico e restrito aos deficientes visuais da Audioteca possibilita à instituição reproduzir as obras literárias sem o pagamento de direitos autorais. A parceria com o governo do estado permitiu a implantação dos núcleos em Campos, no norte fluminense, Cabo Frio, na Região dos Lagos, Nova Friburgo, na região serrana, Volta Redonda, no sul do estado, e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Caso essa parceria seja renovada ou novas venham a ser firmadas, a instituição tem projetos de expansão, não só para o Rio como para outros estados, já que o público-alvo é estimado em 100 mil pessoas em todo o país. “O nosso projeto tem um custo bem baixo, só precisamos treinar uma pessoa para ficar responsável pelo núcleo e disponibilizar o material, que é constituído de cópias do nosso acervo”, explica Christine Blume.
A Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, com a qual a Audioteca firmou o convênio, informou à Agência Brasil que a renovação da parceria depende da análise de uma proposta que a instituição deverá enviar ao órgão até novembro. Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil, Paulo Virgílio, 29 de setembro de 2010