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Bahia cria comitê estadual de software livre
Na tarde do dia 23 de setembro, foi realizada audiência pública que firmou a criação do Comitê de Cooperação Técnica em Software Livre da Bahia, fruto de protocolo de intenções assinado em 15 de maio deste ano.
O Serpro, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, as companhias de processamento de dados estadual, Prodeb, e municipal, Prodasal, universidades baianas e o Cefet-Ba declararam, através de assinatura de documento, o compromisso de atuar na disseminação, capacitação e desenvolvimento de tecnologias em código aberto.
A audiência
A atividade foi proposta pelo presidente da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público da Assembléia Legislativa da Bahia, o deputado Bira Corôa.
Além do deputado, participaram da mesa da solenidade o secretário de Ciência, Tecnologia e Informação (Secti), Ildes Ferreira, o diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni, o presidente da Prodasal, Maurílio Simões Ramos, o diretor-presidente da Prodeb, Elias Sampaio, e os professores Virgílio Barreto, da Uneb, e Delmar Carvalho, da Uefs.
O deputado Bira Corôa abriu a audiência dizendo que, após quatro meses de discussão e debates em diversos setores, foi apontada a importância de criar um conselho estratégico para implantação de política de software livre, proporcionando avanço tecnológico e afirmação da democracia.
O Secretário Ildes Ferreira celebrou a ação e indicou: “É preciso contagiar outras esferas para a ampliação dessa iniciativa”. A Secti foi a primeira secretaria estadual a migrar integralmente para software livre e adotar o Expresso como ferramenta de e-mail.
Um projeto em favor de todos
O diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni, declarou que o tema está sendo tratado da forma correta, de maneira colaborativa, partilhada por diversas instituições. Para ele, o comitê tem o objetivo do benefício coletivo. “Esse projeto não é contra ninguém. Não é um tratamento diferenciado para uma empresa ou outra”. O representante da esfera pública federal disse que devem ser aproveitados os ganhos que a humanidade construiu e compartilhar de forma solidária com a sociedade, oferecendo projetos que sejam accessíveis a todos como geração de emprego e renda ao povo baiano.
De acordo com o diretor da Prodeb, Elias Sampaio, este será um dos meios de disseminação, implantação e desenvolvimento do software livre em toda a sociedade. "A Bahia hoje refundou a proposta de Tecnologia e Ciência no estado e criou um sistema de tecnologia e informação", afirmou.
Os representantes da Uneb e Uefs, Virgílio Barreto e Delmar Carvalho, se colocaram totalmente à disposição para colaborar e participar desse novo projeto, declarando ter sido uma iniciativa importante e fundamental para o cenário universitário. "É o momento estratégico para pensar no uso de novas tecnologias. Apoiamos totalmente o trabalho para contribuir com o desenvolvimento social e econômico da Bahia", declarou Virgílio. Carvalho destacou que é papel da universidade o incentivo à pesquisa de forma plural. “A academia não pode se prender a paradigmas tecnológicos”, afirmou.
Constituição do Comitê
O comitê será formado por dois representantes de cada instituição envolvida e terá a condução do coordenador de Tecnologia da Informação e Comunicação da Secti, Carlos Stucki. Pelo Serpro, farão parte o gerente do pólo de desenvolvimento de Salvador, Leopoldo Souza Neto, e o coordenador do Comitê Regional de Software Livre, Antônio Cláudio Vianey. A validação do convênio firmado acontecerá no momento em que forem apresentados os planos de trabalho.
Comunicação Social do Serpro - Salvador, 24 de setembro de 2008