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Banda larga: quase 500 milhões de usuários no mundo
Em reportagem publicada pela revista britânica PC Advisor, na última semana, o Fórum Banda Larga, organização responsável por definir padrões e especificações para conexões de internet de alta velocidade, divulgou que, em junho de 2010, cerca de 498 milhões de pessoas em todo o mundo possuíam acesso à banda larga. A pesquisa foi realizada em parceria com a consultoria Point Topic.
O CEO do Fórum Banda Larga, Robin Mersh, disse: "Este é um marco extremamente importante e que reflete a importância crucial da banda larga no nosso cotidiano, tanto para negócios, quanto lazer". Os dados indicam que 41% das conexões de alta velocidade no mundo estão concentradas na Ásia, que é seguida pela Europa, com 30%.
Na América Latina, de acordo com o relatório, o crescimento trimestral de pontos de acesso, entre 5 e 7% em relação ao mesmo período de 2009, é considerado baixo, embora consistente. Já os EUA e Canadá reduziram significativamente a sua expansão. A África responde apenas por 2,98% do total de conexões.
Entre as nações em desenvolvimento do chamado BRIC, a China é a principal responsável pelo crescimento no número de conexões no mundo, com 120 milhões de linhas com banda larga. Ela responde sozinha por 24% do total de pontos de acesso no mundo. Já os russos deverão em breve tornar-se o nono mercado mundial para conexões de alta velocidade, ultrapassando o Brasil, que é caracterizado no relatório como tendo uma expansão “anda/para” (start/stop). A Índia não figurou entre os principais mercados do mundo.
No Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2008, 23,8% das residências possuíam acesso à internet, o que representa um universo de 13,7 milhões de pessoas. No entanto, 7,98 milhões destes pontos de acesso estavam concentrados no Sudeste, mostrando a grande desigualdade regional ainda persistente.
Este é um dos principais motivos que fazem Luiz Cláudio Mesquita de Souza, coordenador estratégico de Inclusão Digital do Serpro, defender uma maior penetração dos serviços de banda larga no Brasil. "Temos aí a Telebrás que vai atuar como reguladora e forçar o avanço da banda larga em regiões que ainda não são atendidas", declarou. De acordo com ele a ação governamental também proporcionará redução de preço e maior qualidade da banda larga no país.
Para Luiz Cláudio, o aumento da oferta de conexões à internet também proporcionará à população o acesso mais fácil a serviços governamentais eletrônicos já existentes, bem como irá permitir a criação de novos. "Hoje, o cidadão consegue fazer sua declaração de imposto de renda via web, mas para marcar uma consulta ainda é preciso se dirigir a um posto de saúde ou hospital". O avanço da banda larga poderia proporcionar sistemas que melhoram a vida da população.
A Inclusão Digital do Serpro também seria impulsionada com este avanço. Segundo Luiz Cláudio, uma infraestrutura de banda larga que atinja os pontos mais distantes do país seria fundamental para as ações da empresa neste sentido. "Nós temos tentado priorizar as comunidades mais remotas do Brasil – ribeirinhos, quilombolas, e aldeias indígenas –, em regiões onde a situação da banda larga é mais complexa. A ampliação da banda larga favorece esse trabalho", finalizou.
Comunicação Social do Serpro - Curitiba - 28 de setembro de 2010