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Internet: o que é verdade? o que é mentira?
Na sexta-feira, 23, representantes destas instituições promoveram duas palestras sobre a Internet. Juliano Cappi, do NIC, falou sobre os “Indicadores de uso da internet no Brasil” e Demi Getschko, do Cgi.br, falou sobre as “Verdades e Mentiras sobre segurança na Internet".
Mais acesso, mais responsabilidades
O primeiro falou sobre Inclusão Digital, destacando que o número de pessoas no Brasil que não têm acesso à Internet está diminuindo e que apesar disto, ainda falta muito trabalho a ser feito: "De acordo com a pesquisa sobre uso de Tecnologias de Informação e Comunicação que contém dados de 2007 (TIC 2007), 47% da população brasileira ainda não utilizou um computador e 59% nunca acessou a Internet”, afirmou.
Segundo a tal pesquisa, há um pequeno preconceito contra a Internet, pois 25% dos excluídos digitais não pretendem acessá-la mesmo com o serviço sendo gratuito. Entretanto, 55% dos excluídos do mundo digital afirmaram que não utilizam computador por falta de habilidade: "Não basta dar a máquina, precisamos ensinar às pessoas como usá-las", completou Juliano.
A Campus Party Brasil 2009 destinou um espaço às pessoas que nunca acessaram a Internet. Chamado de "batismo digital", a atividade foi um sucesso já que garantiu a possibilidade de acesso a mais de mil pessoas que nunca haviam navegado pelo mundo digital.
O crime e a lei
Demi falou sobre o tratamento dos crimes virtuais pelas leis brasileiras: "É importante separar os tipos de crimes. Existem aqueles que foram criados, a partir da Internet, como a Negação do Serviço (que ocorre quando alguém tenta sobrecarregar um servidor até que o mesmo saia do ar e não preste mais aquele serviço), destruição de antenas e falsificação de IP", explicou.
"Crimes como estelionato, pedofilia e muitos outros já existiam antes da Internet, ou seja, independem dela para sua existência e, para estes crimes, já há legislação. O que as leis brasileiras precisam começar a tratar são os realmente de Internet”, completou.
Sobre o NIC.br e o CGI.br
O CGI.br coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no país, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados.
Já o NIC.br é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que implementa as decisões e projetos do CGI no Brasil. São atividades permanentes da insituição coordenar o registro de nomes de domínio — Registro.br; estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil - CERT.br; estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — CEPTRO.br; produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da comunicação — CETIC.br; e abrigar o escritório do W3C no Brasil.