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Consegi debate a democratização do conhecimento
Cia. Artcum traz o Bumba meu Boi ao Consegi 2008
Os representantes da Universidade Federal Fluminense, Luiz Cláudio Schara Magalhães, do Departamento de Engenharia de Telecomunicação, e Franklin Coelho, diretor da Escola de Extensão, enfatizaram a importância da tecnologia da informação na difusão do conhecimento. Magalhães focou a necessidade de se pensar na hiperconectividade com o objetivo de se ganhar agilidade, economia de recurso e tempo de resposta mais eficaz. "Precisamos ter maior interligação cooperativa e comunitária em rede com baixo custo, pesquisa em roteamento mais efetivas, equipamentos de conexão diretos. Assim poderemos usar melhor os recursos de comunicação, baratear e facilitar o acesso à banda larga". Franklin falou sobre Cidades Digitais e Políticas Públicas, mostrando que o conceito de cidade digital é amplo e necessita de estruturação eficaz. "É necessário um sistema de informação que crie interfaces entre a sociedade e os poderes públicos, para que o direito a informação e ao conhecimento possam ser efetivos na localidade onde a cidade está instalada", comentou.
O representante do governo paraguaio, José Clastornick, apresentou o programa de governo "Conectividade Educativa de Informática Básica para Aprendizagem em Linha", que envolve várias áreas para sua concretização e parcerias, como a do Laboratório Tecnológico do Uruguai. "O programa tem, entre seus princípios, o direito a educação e a igualdade de oportunidades. É um projeto maciço e extenso, envolvendo vários tipos de tecnologia: redes, softwares, etc. Como todo projeto social, é inclusivo, focado na educação, no governo e na sociedade civil".
Eugênio Mourão, da empresa Cobra Tecnologia, apresentou o tema "Cidades Solidárias em Rede: ocupação, desenvolvimento e novas abordagens". Ele falou um pouco sobre essas cidades que estão em atuação no estado do Rio (Piraí Digital e Paraty Digital), no Acre (Floresta Digital) e no Ceará (Tauá Fone Bonde). "A experiência abre caminhos para que se impulsione o estudo de modelos de negócio alternativos para os municípios digitais brasileiros, com sustentabilidade e replicabilidade, sem afetar a estrutura local".
O secretário da Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Jorge Nascimento, disse ser este um momento de reflexão por toda esta transformação tecnológica que o mundo está vivendo nos últimos tempos. "As tecnologias digitais têm um grande papel nesse processo de atuação e democratização pelo qual o ser humano passa. A junção da tecnologia com a organização econômica, social, o cotidiano e as características de cada localidade, forçam a transformação das políticas desenvolvidas pelo Estado. É necessário democratizar para que todos possam usufruir dos benefícios ofertados pelo mundo tecnológico".
Legislação pode se tornar obstáculo ao desenvolvimento
Encerrando o painel, dois apresentadores, João Cassino e Marcelo Branco, comentaram sobre o projeto da Lei contra Cibercrimes no Brasil – PLS 137/2000, que prevê alguns pontos polêmicos em seu texto. Para eles, este será um grande obstáculo para as políticas públicas de inclusão digital. "Não podemos frear a revolução tecnológica que vem ocorrendo nos últimos anos. Revolução que contribui para as novas práticas e formas de relacionamento social e para a disseminação do conhecimento entre as sociedades. Precisamos nos adiantar sempre na área tecnológica e acompanhar sua evolução, para não sermos os submissos tecnológicos do próximo século", destacou Marcelo Branco.
Comunicação Social do Serpro - Brasília, 27 de agosto de 2008