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Da inclusão digital à inclusão produtiva
Para associar inclusão digital ao fim da pobreza é preciso levar em conta que a miséria não se limita à falta de renda. “A miséria tem muitas dimensões: falta de acesso a serviços públicos fundamentais, como educação, saúde e segurança; ausência de perspectivas, limitação para chegar ao mercado de trabalho”, pontuou André Lázaro, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
“O cidadão tem um conjunto de direitos ligados à informação e, entre eles, está o acesso aos meios digitais”, disse Lázaro. Ele ressaltou que vivemos a fase em que a inclusão digital tem que se transformar em inclusão produtiva, indo além da oferta de computadores para chegar a capacitar as pessoas, garantindo que não fiquem à margem de todas as oportunidades que o mundo virtual proporciona.
Já o representante do Governo Eletrônico da Espanha, Fernando de Pablo Martin, destacou que a simplificação dos portais de governo eletrônico, para torná-los mais amigáveis, é uma obrigação do Estado muitas vezes esquecida. “As páginas que oferecem serviços públicos seguem a lógica da administração, oferecendo procedimentos que frequentemente são claros para os funcionários (que criam sítios) mas confusos para o cidadão”, observou Martin.
Na mesma linha de raciocínio, César Alvarez, Secretário Executivo do Ministério das Comunicações, destacou que é responsabilidade da inclusão digital oferecer meios para que os cidadãos transformem informação em conhecimento, utilizando os meios virtuais para melhorar suas vidas de forma concreta. “Mas sem destruir nossa diversidade regional, um patrimônio que já possuímos”, ressaltou Alvarez.
O debate “Inclusão digital e erradicação da miséria” ocorreu hoje, 13, às 10h, com a mediação de Marcos Mazoni, diretor-presidente do Serpro.
Comunicação Social do Serpro - Brasília, 13 de maio de 2011