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Dados têm que ser interoperáveis para serem úteis
"O caminho é sem volta. Para se tornarem informações proativas, os dados precisam ser transparentes e interoperáveis". A colocação é de Lúbia Vinhas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A pesquisadora enfatizou, na tarde do segundo dia do Consegi, que as instituições, fornecedoras de dados, têm que estar comprometidas com seu compartilhamento. "A interoperabilidade é o grande desafio institucional. Quem tem dado para operacionalizar, precisa criar a consciência que o dado precisa ser compartilhado e inteligível para que possa agregar valor como informação. O INPE trabalha com a tríade: dados abertos, sistemas para tratar esses dados e conhecimento para torná-los proveitosos", reforçou Lúbia.
Para o presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, a interoperabilidade é condição essencial em um mundo cada vez mais globalizado. Segundo ele, os dados têm que estar disponíveis e ser cruzados para fornecer as informações necessárias que o cidadão e a sociedade busca. "Essa interação de dados deve ser intensificada em prol da democracia e estar de acordo com a capacidade produtiva do governo e com o anseio da cidadania", completou.
O coordenador da infraestrutura nacional de dados espaciais do IBGE, Hesley Py, falou que é preciso dar e pavimentar o caminho para que as pessoas possam construir o que precisam. "Fornecer subsídios para que o cidadão conheça a informação e possa exercer sua cidadania. A informação disponível deve estar no formato adequado para ser interoperável com outras e agregue valor para quem a busca. Deve ter um propósito para atender um bem comum, que é a sociedade," explicou Hesley, que defendeu mais investimentos e pesquisas nas ferramentas que permitem essa comunicação de dados de forma transparente.
e-PING
O secretário da SLTI, Delfino Souza, abordou a arquitetura e-PING - Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico, que regulamenta a utilização da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) no âmbito governamental, estabelecendo as condições de interação com as esferas de governo e com a sociedade em geral. Desde 2004, quando foi lançada a primeira versão, a e-PING vem evoluindo com a integração de novos modelos e serviços. "Estamos trabalhando no modelo de maturidade da e-PING que deve ser entregue no 2º semestre de 2011", informou o secretário.
O Serpro é um grande parceiro da SLTI na e-PING. Para o diretor-superintendente da empresa, Gilberto Paganotto, as empresas precisam perceber que os dados devem ser disponibilizadas para serem úteis. Não adiantam apenas normas e padrões estabelecidos. Precisamos ter o envolvimento do usuário final nesse processo, para que ele possa compreender, facilmente, o que a solução pode lhe oferecer em termos de informações. Precisamos ter a visão do 'leigo', uma maior aproximidade com o cidadão, para disponibilizarmos melhores soluções", enfatizou o diretor do Serpro.
Comunicação Social do Serpro - Brasília, 12 de maio de 2011