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Defesa cibernética é um assunto da sociedade
Ontem, 23 de novembro, durante o primeiro dia do Seminário Internacional de Segurança e Defesa Cibernética - Cyber Security, Mazoni apresentou o Serpro aos que ainda não o conheciam, reforçando a importância da instituição no contexto brasileiro. "Vocês podem até não gostar, mas os dados do imposto de renda são processados por nós", brincou, pontuando, em seguida, que além do trabalho que a empresa desenvolve para a Receita Federal do Brasil (RFB), há também o Siafi, que controla todos os recursos que entram e saem do governo federal.
Para Mazoni, a segurança da informação é um dos negócios mais importantes do Serpro. "As pessoas, as empresas, todos precisam se sentir seguros. E os dados que transitam na nossa rede e na de nossos clientes estão protegidos. Nós temos condições de passar e garantir essa segurança", afirmou, lembrando mais uma vez os ataques que a rede Serpro recebeu há alguns meses atrás. "Nos atacaram e disseram que pegaram informações da nossa rede. Nós provamos que foi mentira. Eram todos dados públicos, como o meu e-mail, por exemplo", destacou.
Com relação à evasão de informações, Mazoni foi taxativo. "Infelizmente, o que nenhum sistema de segurança consegue barrar são desvios comportamentais de profissionais que têm acesso a determinadas informações", disse, recordando as polêmicas levantadas com relação à segurança do imposto de renda durante a eleição presidencial de 2010.
Encerrando sua fala, Mazoni comentou a parceria com a Secretaria Nacional de Aeroportos para os grandes eventos, começando pelo Rio +20, que acontece já em 2012. Para Mazoni, 2012 será um grande teste para a segurança do Serpro. "Na Rio +20, teremos diversos chefes de estado circulando pelo Rio de Janeiro e temos a missão de garantir a segurança cibernética desse evento. É importante que todos saibam que segurança não é um assunto só de governo. É um assunto que deve ser debatido por toda a sociedade", finalizou.

Para Mazoni, toda a sociedade deve se envolver no debate sobre segurança
Guerra cibernética
Álvaro Knupp, major brigadeiro e diretor no Ministério da Defesa, concordou com Mazoni sobre o fato de segurança ser um assunto para toda a sociedade. "Afinal, em uma guerra morrem muito mais civis do que militares", pontua. Álvaro exemplificou como um ataque cibernético pode mudar o curso da história. "Durante a Guerra do Golfo, um vírus foi inserido no sistema de defesa dos iraquianos, que ficaram horas sem radar. As imagens que nós conhecemos mostram vários tiros que, em um primeiro momento, eram eles atirando para o ar, por desespero, já que o principal mecanismo de orientação deles estava inoperante", explicou.
Álvaro disse ainda que falta profissionais no mercado de segurança. O diretor do sindicato das empresas de informática (Seprorj), Benito Paret, comentou que nos Estados Unidos estima-se que seriam necessários 30 mil profissionais dedicados à atividade, mas que não passam de mil. No Brasil, a situação não é muito diferente.
Comunicação Social do Serpro - Rio de Janeiro, 24 de novembro de 2011