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Demoiselle começa a ser compartilhado na Bahia
A constituição do Comitê Estadual de Software Livre possibilitou que o Demoiselle seja inicialmente compartilhado na Bahia. Elaborado pelo Serpro, o framework será aplicado nos processos de desenvolvimento e compra de software do governo federal. O anúncio foi feito ontem, dia 5 de fevereiro, em reunião do comitê no auditório do Serpro em Salvador.
O diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni, declarou que será implantado na Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb) o servidor que abrigará o ambiente Demoiselle. O acerto foi feito após reunião realizada na quarta-feira (4) com o presidente da empresa baiana de TI, Elias Sampaio. A escolha é baseada na segurança que a Prodeb é capaz de fornecer.
Apresentação
Na reunião do Comitê Estadual de SL, Mazoni repetiu a apresentação que fez em outros órgãos, como a Câmara dos Deputados e o INPE, tratando da utilização da solução Expresso e do novo Framework.
O Demoiselle é baseado e direcionado a arquiteturas e permite o reuso de códigos através da componentização. Conforme a demanda, componentes podem ser acoplados ou desacoplados a cada aplicação. A arquitetura é baseada em direcionamento e padrões. A padronização tem o objetivo de facilitar a integração e manutenção de sistemas.
“A nova tecnologia permitirá que pequenas empresas tenham melhores condições de prestar serviços ao governo”, aponta Mazoni. De acordo com ele, outro destaque é o aumento da eficiência, já que o reuso reduz significativamente as chances de erros na escrita de códigos. O próximo passo em relação ao framework é o trabalho que envolve o ambiente de gestão de reutilização.
Objetivos técnicos
O framework, que tem arquitetura extensível através da componentização, provê arquitetura de referência para aplicações Web JEE, mecanismo de integração entre camadas, controle de transacional transparente, utilitários de infra-estrutura para aplicações Web e mecanismo de segurança. Estes, utilizando certificados digitais para autenticação, criptografia e assinatura digital no padrão ICP-Brasil.
Origem
Mazoni reafirmou que a origem do nome é uma homenagem ao pai da aviação, Alberto Santos-Dumont. O inventor brasileiro batizou o seu segundo “mais pesado que o ar” de Nº 19 Demoiselle e, pressionado a patentear a criação, disponibilizou em revistas técnicas todas as especificações do invento.
Na publicação, Dumont ainda reforçou que todos estavam autorizados a copiar o trabalho, com a condição de que qualquer melhoria fosse devolvida a humanidade. Princípios que norteiam também os softwares livres, como o framework Demoiselle.
Comunicação Social do Serpro - Salvador, 6 de fevereiro de 2009