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Depois da urna eletrônica, votação pode chegar ao celular
Há projetos em andamento como a automação para controlar passagem nas fronteiras via biometria, que promete maior segurança e menos fila. O processo eleitoral com a urna eletrônica, que já é moderno, está em processo evolutivo. Já se estuda a possibilidade de que o voto seja transmitido via celular. “Com esse projeto que supera problemas temporais e geográficos, o cidadão vota de casa ou de qualquer lugar do mundo”, defende Hugo Hoeschl, da Abep.
Avanços já foram conquistados – a exemplo do controle de fronteiras-, porém, há muito por fazer. É preciso construir um banco de dados único, com rápida extração de informações do governo que estão espalhadas pelas autarquias e instituições. “Com um banco de dados civil único, é possível tirar todos os documentos via Internet ou telefone, com assinatura digital”, propõe do deputado Federal Julio Semeghini.
A troca de informações entre os órgãos será fundamental para ofertas de serviços. O projeto Democracia Direta Digital, ou Super Democracia, engloba um conjunto de tecnologias como Internet, caixa eletrônico. “Os sistemas devem se adequar ao indivíduo e não o contrário”, diz Nivaldo Cunha, do Serpro, que citou como referência o Portal Cidadão, implementado na França.
Outra área que pode agilizar a vida das pessoas é a informatização e colaboração das informações que compõem as declarações do imposto de renda. Com todas as informações cruzadas, a Receita Federal saberá quanto cada um recebe, quanto foi deduzido e quanto cada um gasta. A busca é por um novo modelo do Estado, com base tecnológica.
O estado do Maranhão se beneficia da colaboração com seus pares para vencer lacunas. “Criamos um modelo de governança e hoje temos um pacote integrado de serviços para a população”, conta Marcelo Silva, da Seati. Há soluções de infra-estrutura até projeto de telemedicina, em cooperação com a Universidade Federal do Maranhão. “Estamos treinando os professores em novas pedagogias e na inclusão digital.
“Usar o cartão do cidadão para saques parcelados (antes somente era possível retirar todo benefício de uma só vez) já é utilizado por 20% dos usuários de baixa renda”, conta Clarice Coppetti, da CEF, que realiza 330 milhões de transações ao mês, sendo 120 milhões de serviços bancários.
Participaram do painel da Futurecom 2008 intitulado Governo digital: inovando serviços públicos para as redes de cidadania, Alberto Lemos Araújo, da Bull; Clarice Coppetti, da CEF; Hugo Hoeschl, da Abep; Nivaldo Cunha, do Serpro; Leão Carvalho, da Prodesp; Marcelo Silva, da Seati (MA); Paulo Cesar Coelho, da Proderj, Renato Guerreiro, da Guerreiro Consulting e do deputado federal Julio Semeghini, com mediação foi do jornalista Gilberto Dimenstein.
Decision Report, Irene Barella, 30 de outubro de 2008