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Detran do Ceará economizou R$ 1,7 milhão com banco de dados livre
Em 2008, o administrador de banco de dados Nabucodonosor Coutinho foi convidado pelo Detran do Ceará para cuidar do processo de migração do banco de dados. Em apresentação no IV Encontro Nordestino de Software Livre, realizado semana passada em Natal (RN), ele explicou o projeto.
Como o Detran chegou ao seu nome?
O Detran tinha a seguinte arquitetura: um servidor de aplicação ligado a um servidor Oracle. Era nesta situação que as 1.287 tabelas e 426 views do banco se encontravam. Gastava-se muito dinheiro com o pagamento de licenças e o governador queria que o Detran utilizasse o Software Livre. Pensou-se em utilizar o MySQL, mas optou-se pelo PostgreSQL, que já era o banco de dados oficial do Governo do Ceará. Como trabalhava há cerca de 8 anos com o PostgreSQL, minha empresa foi chamada para participar do projeto.
Quais foram as principais dificuldades encontradas?
A principal dificuldade era que a equipe estava ocupada com as tarefas diárias de manutenção e desenvolvimento de novas ferramentas para o órgão. Além disso, a base de dados era muito complexa e utilizava muitos recursos que até então estavam disponíveis apenas no Oracle. Outro fator negativo foi que poucos técnicos tinham conhecimento em PostgreSQL.
Como é a arquitetura do banco hoje?
Agora o servidor de aplicação é ligado diretamente a um balanceador de carga, que é ligado a dois servidores do banco de dados.
Além da economia com as licenças, quais outros resultados positivos a nova arquitetura trouxe?
As consultas ficaram mais rápidas. Tem uma que levava 2 horas e, depois da migração, passou a ser realizada em 6 minutos. Na primeira vez, o responsável do Detran não acreditou e acabamos gastando as 2 horas tentando convencer que a consulta tinha sido mesmo realizada em 6 minutos.
Comunicação Social do Serpro - Rio de Janeiro, 9 de novembro de 2010