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E agora, joga fora?
Todo eletroeletrônico possui um ciclo de vida. E é por isso que as instituições públicas buscam diferentes saídas para quando chega o momento de descartar aqueles equipamentos que ficam obsoletos. A logística reversa, a responsabilidade compartilhada, a reutilização e a reciclagem seletiva mostram-se como respostas para a questão do lixo eletrônico, um dos resíduos mais gerados no Brasil e no mundo.
“Tivemos há poucos dias a sanção da Política Nacional de Resíduos Sólidos que, dentre seus tópicos, traz a obrigação da logística reversa. Isso é muito importante, afinal é inadmissível que a indústria produza e depois não tenha responsabilidade alguma sobre os eletroeletrônicos que se tornam inservíveis para o cidadão ou para o poder público. O governo pode, por exemplo, fomentar mais compras sustentáveis em suas licitações, legitimados por essa política e outras instruções normativas que já temos relacionadas a esse tema ”, destacou o diretor substituto do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente, Geraldo Victor de Abreu.
Nível de eficiência da reciclagem
Questionado pelo público sobre qual a porcentagem de um eletroeletrônico que pode ser reciclado, o professor Mauro César Bernardes, do Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática da Universidade de São Paulo (Cedir/USP) respondeu: “estudos da ONU mostram que até 98% de um equipamento pode ser reciclado e reaproveitado na cadeia produtiva. E agora com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, poderemos fomentar mais modelos de negócios e incubar empresas que proliferem a ideia da reciclagem seletiva, que é a separação e entrega de cada componente para um tipo diferente de reciclador”.
E como resposta ao apelo do debate, o coordenador estratégico de Responsabilidade Social e Cidadania do Serpro, Dilson dos Santos, mostrou que a empresa está empenhado em ampliar sua atuação nesse setor. “O Serpro é um grande comprador de equipamentos. É por isso que estamos nos organizando cada vez mais. E sela-se aqui mais uma parceria para que possamos, com a ajuda do Ministério do Meio Ambiente e das universidades, adquirir outras informações sobre como reutilizar e reciclar o lixo eletrônico”.
Por que falar sobre lixo eletrônico em um congresso de computação em nuvem?
Com a cloud computing, instituições de pequeno porte do poder público, por exemplo, não precisarão de computadores super potentes em seus espaços físicos. Elas poderão realizar boa parte de suas atividades e serviços por meio de uma grande nuvem de governo. E isso traz benefícios também para o meio ambiente, reduzindo o volume de compras de equipamentos e fazendo com que a quantidade de lixo eletrônico produzido pela Administração Pública seja bem menor.
Notícias Consegi
Confira a cobertura completa do III Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi 2010). Acesse www.consegi.gov.br/comunicacao.
Comunicação Social do Serpro - Brasília, 18/8/2010