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Entidades do movimento popular abrigarão infocentros
Em reunião nesta terça-feira (4), na Casa da Linguagem, lideranças das entidades populares compreenderam a importância do programa de inclusão digital do governo, o Navega Pará, e se comprometem a colaborar, garantindo o acesso da população paraense à informática e à internet.
De acordo com dados do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), somente 5% da população do Pará têm acesso à informática e apenas 3,5% à internet. Os infocentros fazem parte do Navega Pará, o maior programa digital do Brasil, que vai utilizar 1.800 quilômetros da rede de fibra óptica da Eletronorte, a fim de possibilitar internet de alta velocidade.
A meta do governo, até 2010, é montar 300 unidades de infocentros para atendimento de dois milhões de paraenses no interior do Estado. Uma das exigências dos líderes do movimento popular é que o programa seja muito bem esclarecido em fóruns e seminários e que as funções originais das entidades sejam mantidas. “O programa não exige exclusividade. Queremos que as entidades continuem executando suas missões em paralelo ao trabalho do infocentro”, explicou Flávio Lauande, coordenador do projeto na Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect).
Lauande e Cláudio Carvalho, assessor da Casa Civil, explicaram que as entidades devem estar legalizadas e tenham o mínimo de estrutura para receber o infocentro. O que define a quantidade de computadores é o tamanho da estrutura disponível. Cada infocentro dá acesso gratuito à internet de banda larga, além de cursos de informática para a comunidade. “O acordo jurídico exige a legalização. O Estado não pode repassar recursos e nenhum equipamento para quem quer que seja, sem que todos os critérios de regulamentação sejam cumpridos e os documentos legais são fundamentais para o contrato”, comentou Lauande.
Uma ação conjunta entre a Ação Social Integrada do Palácio do Governo (Asipag), Casa Civil, Sedect e lideranças do Conselho de Entidades do Movimento Social estão empenhadas em resolver as pendências legais. De acordo com Lauande e Carvalho, o governo está disposto, por meio da Asipag, a ajudar na recuperação das entidades do ponto de vista legal, para que se tornem aptas a receber o projeto. Em Belém, o governo já instalou três infocentros - nos bairros do Guamá, Marambaia e Terra Firme. Também já instalou infocentros em Marituba, Marabá, Abaetetuba e Santarém.
A Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa) é responsável pela formação de monitores da própria comunidade para ensinar a população a manusear o computador e acessar a internet. Os monitores serão remunerados, o que representa mais uma das políticas do novo modelo de desenvolvimento do governo, a geração de emprego e renda.
“Temos que reforçar esse projeto, pois a inclusão digital é importante para as entidades terem acesso aos editais do governo federal e de outras instituições. Basta capacitar pessoas das entidades para elaborarem projetos e possibilitar acesso a recursos para diversos projetos populares”, ressaltou Gerson do Monte, coordenador do Movimento Popular pela Saúde (MOPS).
O Conselho de Entidades dos Movimentos Sociais é constituído por 25 entidades de representação regional e nacional, e se constitui em espaço de interlocução entre diferentes segmentos sociais e o Governo do Estado.
Agência Pará, Lázaro Araújo, 5 de novembro de 2008