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Estúdio criativo versus escola tradicional
Acabar com escolas burocráticas para construir estúdios de educação baseados na liberdade, no compartilhamento, na criação e em outros conceitos do software livre. Essa foi a ideia apresentada hoje, 18, no Consegi, por Nagarjuna.
“As lições dos softwares livres mostram que com eles podemos fazer uma revolução no sistema educacional de todo o mundo. A escolha da palavra estúdio vem do local de produção de músicos, cineastas, artistas. E é isso que desejamos para as escolas. Queremos que os alunos deixem de ser receptáculos passivos de informação para se tornarem criadores, colaboradores, publicadores de conhecimento”, destacou ele.
O palestrante mostrou algumas plataformas livres para a plateia e reforçou: “no estúdio, o estudante torna-se professor de outros alunos e professor do professor. É um processo de aprendizado contínuo, no qual cada vez que capta um conceito ou uma habilidade nova, ele se gradua e 'passa de ano'. E hoje já temos diversos softwares livres para o estudo de matemática, de idiomas, de física e para as mais diversas áreas”, ressaltou Nagarjuna.
O indiano lembrou também que existem muitos estudos e experimentos sobre como tornar a educação mais participativa, inspirados em nomes clássicos como Seymou Papert e Jean Piaget. “A proposta de modificar a educação não é uma novidade, mas o uso de plataformas livres com essa finalidade pode trazer uma visão muito nova para o aprendiz que utilizá-las. E na área de TIC, já tem bastante produção sendo feita, como os espaços colaborativos da wikimedia, GNU e muitos outros”, acrescentou.
Quem quiser conhecer mais sobre as ideias apresentadas por Nagarjuna, ele participa ainda de dois debates durante o Consegi: “Filosofia da Educação e Software Livre”, nesta quinta-feira, às 16h, e “Liberdade na Internet”, na sexta-feira, às 14h. Acesse a programação completa e acompanhe a transmissão das principais atividades do congresso no endereço www.consegi.gov.br.
Comunicação Social do Serpro - Brasília, 18/8/2010