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Evento em Brasília discute Cidades Digitais
Com a presença de representantes de órgãos da administração pública federal, estadual e municipal, provedores de serviços de redes de comunicação e fornecedores de equipamentos, o objetivo do fórum é debater políticas públicas relacionadas à implantação e operação de cidades digitais no Brasil.
O Plano Nacional de Banda Larga e a reativação da Telebras foram a tônica do primeiro painel do evento, do qual participaram representantes da Abranet, Redetelesul e Globalinfo, que congregam provedores de acesso, o presidente da Telebras, Rogério Santanna e Marcos Mazoni, diretor-presidente do Serpro.
Rogério Santanna afirmou que a participação das prefeituras é fator chave na criação das cidades digitais, porque é nos municípios que os projetos acontecem. Ele disse que é importante que os municípios tenham seus projetos de cobertura e que os pequenos provedores sejam aliados estratégicos para a última milha, aquela que dá acesso à rede ao usuário final. “O papel da Telebras é ajudar esses processos a acontecerem, introduzir a concorrência, prover infraestrutura mais barata”, declarou. Rogério também avalia que há espaço para que as empresas privadas saiam da zona de conforto e passem a inovar. “Na gestão de conteúdo e nas redes sociais o Brasil tem muito a crescer. Somos usuários do que os outros produzem. Infraestrutura mais barata é a condição necessária para novos empreendimentos”, afirmou Santanna.
Os representantes das associações de provedores aproveitaram o evento para manifestar suas expectativas com relação ao PNBL e seus pleitos para ocuparem espaço na implantação do mesmo. As sugestões foram de efetivas parcerias entre provedores e prefeituras na implantação das cidades digitais, a necessidade de instrumentos regulatórios que permitam a ampliação de serviços e a revisão do modelo tributário das telecomunicações no Brasil.
Para Marcos Mazoni, o tema cidades digitais é presente, instigante e deve ser bem conduzido para que a cidadania seja estendida a todo o país. O diretor declarou que o Serpro sabe das dificuldades tecnológicas dos municípios brasileiros. A atuação do Serpro é de articulação com este segmento para estender serviços às cidades por meio de um trabalho de nuvem, por exemplo, com o Expresso, suíte de comunicação em software livre. “Estamos criando modelo de núcleos computacionais nos estados para atender a esta questão. Também estendemos as tecnologias que atendam às administrações públicas, como Lei Orçamentária e novo plano de contas”, esclareceu Mazoni.
Os serviços que o Serpro está compartilhando com as prefeituras municipais foram colocados no pacote conhecido como “Brasil Conectado”. Inclui também a articulação com a Secretaria de Logística e TI do Ministério do Planejamento para a padronização de serviços que atendam aos requisitos de governo eletrônico e interoperabilidade.
Comunicação Social do Serpro - Brasília, 17 de junho de 2010