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Garantir a continuidade do negócio é uma missão do Serpro
No
último domingo, 14, o Serpro – em acordo com a Secretaria do Tesouro
Nacional (STN) - realizou o primeiro teste do plano de contingência do
Processo de Gestão de Continuidade do Siafi (Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal), segmento plataforma alta. O
documento estabelece atividades para garantir a disponibilidade do
sistema em situações de desastre. Marcos Allemand, da área de segurança,
explica que o objetivo do teste foi 'levantar' o sistema no centro de
dados de São Paulo.
"Assegurar a disponibilidade dos serviços de
governo é um dos compromissos do Serpro e a realização de testes dessa
natureza é fundamental para garantir que, na ocorrência de um
desastre no centro de dados de Brasília, temos condições de produzir o
Siafi em São Paulo, sem prejuízo para o usuário", analisa Allemand. Ele
estima que, em caso de problemas no ambiente de Brasília, em duas horas o
Serpro é capaz de 'levantar' o sistema no centro de dados paulista.
Dentro dos conceitos de continuidade de negócio, essa ação é
classificada como uma estratégia de disaster recovery (recuperação de
desastre).
Neide Modrach, da área de relacionamento com o
cliente, ressalta que a ação foi um marco. "Pela primeira vez, desde sua
implantação em janeiro de 1987, o Siafi foi produzido em uma outra
localidade". Ela destaca que o teste mostrou ao cliente que é possível
manter ativas as operações de registro, acompanhamento e controle da
execução orçamentária, financeira e patrimonial do governo federal mesmo
diante de um acidente grave nas instalações da Regional Brasília. "Essa
ação também representa um passo importante rumo à resiliência da
organização", afirma Neide Modrach.
Teste de contingência
O
teste identifica se estão corretos e funcionando sem erros os caminhos
necessários para garantir que, em caso de uma catástrofe no centro de
dados da capital federal, o Siafi seja redirecionado para o centro de
dados de São Paulo. Nesse caso, é necessário 'desligar' completamente o
serviço em Brasília para 'ligá-lo' na outra localidade.
A
informação até parece simples, mas na verdade para que isso aconteça,
sem problemas para o sistema, é necessário um nível bastante elevado de
planejamento e organização por parte de diversas áreas. Desde o mês de
junho, o plano de teste estava sendo desenhado pelas unidades e o
preparo operacional no ambiente produtivo da plataforma alta (mainframe)
estabelecido juntamente com o fornecedor. “Um teste de contingência
deve ser cuidadosamente planejado para que não haja nenhum tipo de
impacto para o sistema que está sendo testado e os sistemas
interdependentes", acrescenta Marcos Allemand.
André Bauer, da
área de centro de dados, afirma que o maior desafio do teste foi
realizar a inversão da rede de Brasília para São Paulo. “A ativação dos
serviços da STN, do ponto de vista do centro de dados, já vinha sendo
testada, mas o grande diferencial no fim de semana foi a inversão da
rede. Esta foi a primeira vez que fizemos isso, porque o impacto é muito
grande, tivemos que desligar o serviço aqui para ativar os serviços
lá”, afirma Bauer. Ele indica que ocorreram desvios ao longo do
processo, mas que estes foram identificados e solucionados rapidamente e
a inversão concluída para que o cliente pudesse acessar o sistema em
produção em São Paulo, tanto na intranet quanto na internet. O
redirecionamento da rede é para garantir que o trajeto de acesso dos
usuários e dos dados sejam alterados de uma localidade para outra, mas
continuem efetivos.
Os responsáveis pelo teste são unânimes ao
creditar o sucesso do evento ao nível de engajamento e compromisso das
áreas envolvidas, sendo elas as unidades de Centro de Dados, Operações,
Gestão de Serviço, Segurança, Desenvolvimento e Relacionamento com
Clientes, bem como do cliente, representado pela Coordenação-geral de
Sistemas e Tecnologia da Informação da STN.