General
Governo dá mais um passo para a padronização de documentos digitais
O Protocolo Brasília é um documento público que institui o ODF (Open Document Format) como padrão aberto para a troca de documentos. O Protocolo prevê que as entidades, ao assumirem o compromisso de usar o padrão ODF, devem disponibilizá-lo à sociedade, utilizar em trocas de documentos e compartilhar soluções em padrão aberto.
O anúncio foi realizado hoje, 31, durante o Encontro da Comunidade 4cmbr - Comunidade, Conhecimento, Colaboração e Compartilhamento dos Municípios Brasileiros, que acontece na Latinoware 2008. Gerentes e técnicos da área de TI das prefeituras participaram da discussão sobre o formato ODF e sobre importância de padronização.
Paulo Maia, da Caixa, apresentou o formato e o modelo de maturidade do uso de ODF nas instituições governamentais. Destacou que a assinatura do documento não representa migração compulsória, mas sim uma opção de adotar plataformas abertas, respeitando as limitações de cada instituição.
Deivi Kuhn, do Serpro, explicou que a maior conquista do protocolo ODF é a garantia de interoperabilidade, tanto que o tema já está em estudo para se tornar padrão adotado na nova versão da e-PING, ao invés de recomendado, como na anterior. Para Deivi, um ponto importante é a mudança de cultura. “A lógica atual força o governo a se adequar ao mercado de software e, na medida que o governo passa a estabelecer padrões, o mercado é quem precisa se adequar”, analisa.
Jomar Silva, da ODF Alliance, discutiu com os presentes a postura da ISO/IEC que, no ano de 2006, definiu o formato ODF como padrão de documentos e, em 2008, aprovou o formato OpenXML também como padrão de documentos. “O problema de adotar dois padrões para o mesmo tema é a possibilidade de não se respeitar nenhum”, completa.
Vantagens
O ODF, por ser um padrão aberto, também é multiplataforma, permitindo a liberdade de escolha do usuário. Outra característica importante é a vantagem que oferece em relação a guarda dos documentos eletrônicos, na medida que não está preso a nenhuma suíte de escritório e, conseqüentemente, a suas versões. O formato é livre de royalties e não tem limite de reutilização.
Comunicação Social do Serpro - Foz de Iguaçu, 31 de outubro de 2008