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Governo e sociedade civil discutem inclusão digital
Por quatro dias, de 24 a 27 de novembro, empresas das três esferas de governo, representantes da sociedade civil e telecentristas discutiram a prática da inclusão digital, com foco nas novas tecnologias, educação a distância e políticas de incentivo, ampliação e monitoramento de espaços destinados a essa missão.
Realizada desde 2001, a Oficina de Inclusão Digital já percorreu praticamente todo o país e, a cada ano, aumenta o número de instituições e participantes. Nesta edição foram 1.886 inscritos, com 1.200 participantes presenciais e 686 que acompanharam pela internet. O evento contabilizou seis plenárias, 16 oficinas e 13 debates, incluindo-se aí as reuniões das instituições patrocinadoras, como o Serpro, que promoveu encontro de todos os representantes de seu Programa de Inclusão Digital.
Além de promover debates e discussões, a Oficina subsidia a participação de telecentristas. "Todo o país está representado, do Acre ao Rio Grande do Sul. Este ano apoiamos 999 pessoas, sendo 267 com transporte aéreo, hospedagem e alimentação, 367 com hospedagem e alimentação e os demais apenas com alimentação. É uma necessidade que o telecentrista esteja presente nas discussões, relatado sua realidade e influindo sobre todos os aspectos da inclusão digital", explica Silvana Lemos, da assessoria de comunicação do evento.
Opinião compartilhada por Maria Souza, do Rio de Janeiro: "Vim para a Oficina através do telecentro, onde sou monitora. Se não fosse assim, não teria como participar e ficar sabendo de tantas novidades, trocar experiências com as pessoas e saber que, apesar de lugares tão distantes e diferentes, muitas vezes temos os mesmos problemas".
Banda larga nacional
Durante o evento, discutiu-se ainda o projeto de banda larga para todo o Brasil, tido como essencial para o fortalecimento dos telecentros e das suas redes agregadoras. Para o secretário de Logística e Tecnologia da Informação - SLTI, Rogério Santana, é possível aproveitar a infra-estrutura de fibra ótica instalada pelas distribuidoras de energia elétrica, levando a banda larga para todas as regiões do Brasil, especialmente no interior, onde se concentra o maior número de excluídos digitalmente.
Lixo eletrônico
O quesito sustentabilidade esteve presente na discussão do e-lixo, ou lixo eletrônico, e nas alternativas possíveis para destino final dos aparelhos e hardware que não são mais utilizados. Como a vida útil de um computador é de três anos e de aparelhos celulares de 1 ano e meio, o descarte desses equipamentos preocupa e a solução imediatamente à vista é a reciclagem, buscando novas formas de uso. O Ministério do Planejamento patrocina programas de reciclagem, com os Centros de Recondicionamento de Computadores - CRC, presentes em diversos estados brasileiros. Os espaços recebem equipamentos inservíveis por empresas públicas e privadas e os recondiciona para uso de telecentros.
Mesa de abertura do evento
Estande do Serpro, que apresentou o Sistema de Gestão de Monitoramento
de Telecentros, desenvolvido em parceria com o Casa Brasil
Telecentristas de todo o País estiveram presentes na 8ª Oficina.
Na foto, um momento de descontração entre uma plenária e outra
Acesse o sítio da 8ª Oficina de Inclusão Digital e conheça a Carta de Belo Horizonte.
Comunicação Social do Serpro - Belo Horizonte, 4 de dezembro de 2009