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Governo entrega projeto de inovação à Assembléia
Foi entregue na manhã de ontem à Assembleia Legislativa o projeto da Lei de Inovação Tecnológica do Estado, desenvolvido pela Secretaria da Ciência e Tecnologia.
O documento foi elaborado ao longo dos últimos seis meses, e agora aguarda a votação dos deputados. "O projeto foi amplamente debatido e contou com a aprovação de empresários e pesquisadores, além do poder público. Por isso, estou confiante na sua aprovação em até 45 dias", comentou o secretário da Ciência e Tecnologia, Artur Lorentz.
O texto estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica para proporcionar autonomia tecnológica, capacitação, competitividade e desenvolvimento industrial, social e de serviços.
A expectativa é de que a lei facilite o investimento de empresas privadas no setor de tecnologia e pesquisa e estimule as parcerias entre companhias e universidades, além de favorecer o treinamento de recursos humanos. Se aprovado o projeto, o Rio Grande do Sul será o sétimo estado brasileiro a contar com uma lei de inovação própria.
Já há uma legislação nacional, que regulamenta os estados que ainda não contam com uma política específica. "Uma vez que seja criado um marco regulatório bem definido, será favorecido o diálogo com o governo federal para negociar novos investimentos", exemplifica Lorentz.
A reivindicação dos empresários por uma regulamentação do gênero era antiga e ganhou mais fôlego nos últimos dois anos com a fortificação do setor de tecnologia no Estado. "Hoje, o Rio Grande do Sul tem uma classe empresarial voltada para a tecnologia e que necessita de suporte para desenvolver novos projetos", esclarece Márcio Luis Miorelli, presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação no Estado (Assespro). "O projeto de lei é bem abrangente e facilitará os novos aportes em pesquisa", completa.
Miorelli acredita que o projeto a ser votado também irá estimular as parcerias focadas em tecnologia em cidades com bom potencial econômico e base acadêmica no interior do Estado, como Pelotas e Santa Maria. O setor acadêmico também vê com otimismo o projeto de lei. Cleber Prodanov, presidente do Parque Tecnológico do Vale do Sinos (Valetec) e pró-reitor de Pesquisa e Inovação da Feevale, acredita que este projeto de lei cria um ambiente favorável para investimentos no setor. "Para nós, representa a atração de mais empresas ao parque tecnológico e maior treinamento de estudantes e profissionais", explica Prodanov.
Polo de São Leopoldo promove encontro
O Polo de informática de São Leopoldo promove na próxima terça-feira, no auditório da Unitec-Unisinos, o I Encontro de Integração com os professores das Instituições de Ensino do Estado. O evento tem como objetivo apresentar para os professores das escolas as oportunidades de trabalho proporcionadas pelas diversas áreas de Tecnologia da Informação (TI).
Segundo Siegfried Koelln, presidente da Associação do Polo de Informática de São Leopoldo, a indústria tecnológica sofre de uma carência considerável por profissionais capacitados. O evento inicia-se às 18h e encerra-se às 21h30min. As inscrições são gratuitas e foram prorrogadas até a próxima segunda-feira.
Deputados estaduais devem usar software livre
A Assembleia Legislativa fará estudo sobre as condições da Casa em operar através do sistema de software livre. A solicitação foi encaminhada pelo presidente da instituição, deputado Ivar Pavan (PT), durante reunião com representantes do Fórum Internacional Software Livre e pelo presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Mazoni. O grupo visitou o presidente do Parlamento gaúcho ontem com o objetivo de apresentar as vantagens no uso preferencial do sistema, após participar, no Plenarinho, do painel Softwares Livres: Uma Alternativa Viável e Econômica.
O grupo solicitou o apoio da presidência para a retomada do tema, já tratado em 2001, através da discussão do projeto de lei de autoria do deputado Elvino Bohn Gass (PT), presente no encontro. A proposta já apontava a necessidade de ser construído, no Legislativo estadual, um ambiente capaz de diminuir possíveis resistências dos usuários ao novo sistema, o qual possibilitaria modernização, economia e resultado prático de gestão.
O superintendente-administrativo e financeiro, Marcelo Cardona Rocha, lembrou que a Casa já utilizava alguns instrumentos de software livre. No entanto, ratificando a preocupação com a migração de um procedimento para outro, apontou a importância da qualificação dos gestores e técnicos da instituição.
Jornal do Comércio, RS, 19 de março de 2009