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ITI desenvolve ambiente de realidade virtual para ensinar
Em paralelo a isso, está sendo criado o próprio espaço virtual do CDTC, denominado de “Mundo Livre”. A idéia, segundo o coordenador do CDTC, Djalma Valois, é que qualquer pessoa, empresa pública ou privada possa colaborar com o projeto, que além de servir para o atendimento de suporte e esclarecimento de dúvidas, também, será um ambiente para ensino.
De acordo com Valois, neste momento estão sendo agregadas pessoas que já conhecem o Second Life para ajudar a criar o “Mundo Livre”. “Hoje temos um mundo vazio, uma ilha. Vamos começar a colocar dentro deste mundo o que precisamos, o básico. Cada pessoa que entra para ajudar no processo de criação recebem nome de deuses e deusas, mas também existem os semi-deuses que são os estagiários que estão ajudando a levantar esse mundo”, explicou. Ele também ressaltou que o princípio básico é de que nada que for disponibilizado pode ser proprietário, “então tudo que estamos criando está dentro das licenças livres para que qualquer um possa pegar e utilizar como melhor entender”.
Valois destacou que serão colocadas, no “Mundo Livre”, salas de aulas e os monitores estarão presentes ensinando e tirando dúvidas. “Nesse ambiente, você poderá interagir com outros alunos e com os professores. Só que esse momento é ainda muito inicial de criação do ambiente para que as coisas aconteçam”. Ele ainda acrescentou que o projeto agrega uma nova mudança na forma de educar, ao trazer novas ferramentas possibilita outras alternativas pedagógicas. Por isso, a proposta é agregar uma pessoa da área da pedagogia da Universidade de Brasília e um aluno de mestrado da Universidade Federal de Minas Gerais que irão acompanhar e documentar o projeto.
“A idéia é que com isso a gente possa, no mínimo, vislumbrar as alternativas que existem em relação a essa iniciativa. Estamos abertos a fazer todas as experiências que forem possíveis. Na verdade, nós vamos disponibilizar o instrumento para que a sociedade possa construir a partir desse ponto”, esclareceu Valois.
O projeto tem três meses de existência e deve início com a pesquisa sobre os Metaversos – simuladores desse tipo de jogo virtual. “Nós estamos usando o Metaverso chamado OpenSim, que é uma solução livre - não proprietária. Há estudos também com o Metaverso da Sun Microsystem”, informou o coordenador.
Valois ainda destacou que vão ser feitos cursos no CDTC para utilização do Metaverso, ensinado como as empresas podem instalar os servidores, configurar, como podem construir o seu próprio Metaverso dentro da empresa. Ao longo do processo, serão ministrados cursos de linguagem e como criar roupas e acessórios para os avatares, “tudo isso vai surgir a medida que for da realização do projeto”.
ITI, 12 de dezembro de 2008