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O Serpro se reorganiza para unificar os processos do governo...
Até o final de 2009, Mazoni investirá mais R$ 200 milhões. Além disso, ele divulgou em outubro um edital para contratar mais 700 pessoas para o Serpro. “A maioria delas é para a área técnica e para a área de desenvolvimento.”
As mudanças na estrutura do Serpro, diz Mazoni, começaram em meados de 2007, quando os técnicos do Ministério da Fazenda e do Ministério do Planejamento conversaram com Mazoni e resolveram unificar as tarefas comuns entre os órgãos do governo, mas realizadas por meio de processos distintos. É o que Mazoni chama de “macroprocessos”. Os técnicos do governo acharam conveniente unificar processos das áreas tributária, financeira e orçamentária. “Nossos principais clientes”, diz Mazoni, “queriam ter uma visão parecida.”
Mazoni passou alguns meses se reunindo com os técnicos do Serpro e lançou um plano de mudanças em julho de 2008: aproximou os técnicos que atendem os clientes do Serpro dos técnicos que produzem software, desenhou um software de desenvolvimento que permitisse reaproveitar código. “Tivemos que repensar nossa infra-estrutura”, diz Mazoni, “e mostrar aos técnicos que eles precisavam trabalhar em rede.” Como os próprios técnicos criaram o software de desenvolvimento, o Serpro só desembolsou o salário dos técnicos.
... e seus técnicos ficam 20% mais produtivos.
Até agora, diz Mazoni, os técnicos do Serpro já cumpriram 15% do cronograma definido em julho. Desde então, Mazoni direcionou parte dos R$ 100 milhões para treinar os técnicos do Serpro; eles aprenderam a trabalhar com o novo software de desenvolvimento e a discutir como aproveitar os códigos que desenvolveram em outros projetos. Em novembro, Mazoni começou a rever cargos e salários. “Os técnicos ficaram mais produtivos.” Desde que começaram a usar o novo software e a reaproveitar o código para outros projetos, os técnicos ficaram 20% mais eficientes.
Em novembro, Mazoni voltou a se reunir com os técnicos para planejar como serão os próximos dois anos do Serpro; os técnicos terão a chance de reclamar a respeito de problemas comuns. “Em 2009, queremos desenvolver mais software de acordo com os macroprocessos do governo.” Depois que os órgãos adotarem os macroprocessos, diz Mazoni, o governo gastará menos com a operação e sobrará dinheiro para investir mais em TI.
TI & Governo, edição 274, 11 de novembro de 2008