General
PNBL vai conectar os primeiros municípios em dezembro
Todos os equipamentos e serviços necessários para a operação da rede nacional de telecomunicações e início da conexão das primeiras 100 cidades dos anéis Sudeste e Nordeste atingidas pelo Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) estão contemplados nas licitações que a Telebrás realizou na última semana de outubro e nos editais que deverão ser publicados na primeira quinzena de novembro. A expectativa da empresa é começar a conectar os municípios ainda em dezembro.
Por meio destas licitações serão adquiridos contêineres, gabinetes e materiais necessários para o funcionamento e proteção dos equipamentos ópticos, de rádio e de Rede IP. Essa é a infraestrutura que garantirá, ainda, o fornecimento de energia elétrica, climatização, segurança física, bem como sistema de vigilância, controle de acesso e sistema de aterramento, entre outros. Já os equipamentos DWDM vão permitir a transmissão de dados da ordem de terabits por segundo em um único par de fibras ópticas.
Na primeira quinzena de novembro devem ser publicados os editais para a contratação dos equipamentos, softwares e serviços que farão o roteamento das demandas de tráfego na rede, a chamada rede IP, e dos enlaces de rádios digitais, cuja função será distribuir o sinal do backbone até a sede dos municípios contemplados pelo PNBL.
Implantação e ampliação
A primeira etapa do programa, cuja execução deve iniciar ainda em 2010, prevê a conexão de 100 cidades, mais 15 capitais localizadas em torno dos Anéis Sudeste e Nordeste, além do Distrito Federal. A escolha de ambas as regiões deve-se ao grande fluxo de informações para os órgãos do governo existentes na região Sudeste e no Distrito Federal e à baixa penetração da internet na Região Nordeste.
Em 2011, a Telebrás pretende conectar todos os municípios distantes até 50 km dos Pontos de Presença da Rede (POPs), localizados em torno dos anéis Nordeste e Sudeste, totalizando novos 1.063 municípios beneficiados pelo PNBL no próximo ano.
De acordo com o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, os editais para a contratação da rede IP vão prever a possibilidade da empresa fazer inspeções de segurança nos códigos-fonte sempre que achar necessário. "Isso significa que poderemos verificar se houve ou não a inclusão de códigos maliciosos. Procedimento este já adotado pelos Estados Unidos e pela Índia nas compras governamentais realizadas nessa área", informou.
Santanna destacou que a Telebrás conferiu ampla transparência ao processo de elaboração desses editais: "Disponibilizamos para a consulta pública na internet aqueles documentos cujos equipamentos têm mais sensibilidade tecnológica, como é o caso do DWDM, rede IP e rádio enlace", disse. De acordo com ele, para esses três documentos, a empresa recebeu mais de 780 contribuições. A elaboração do edital de DWDM, por exemplo, acolheu recomendações de 27 de um total de 106 sugestões encaminhadas especificamente pare este documento.
Programa Nacional de Banda Larga
O programa foi instituído pelo Decreto 7.175, de maio de 2010, e consiste, entre outras ações, no gerenciamento, pela Telebrás, de uma rede neutra que utilizará fibras ópticas pertencentes ao Sistema Eletrobrás e à Petrobras, entre outros, com o objetivo de massificar o acesso à internet em banda larga no Brasil.
O objetivo do Programa é atender cidadãos, instituições do governo, entidades da sociedade civil e empresas, de modo a promover oportunidades, desconcentrar renda e incorporar os cidadãos hoje excluídos desse serviço.
Assim, o papel do PNBL será oferecer internet de alta velocidade a custos mais baixos que os atuais. Hoje, o preço dos pacotes para acesso a esses serviços no Brasil custa em média R$ 100. A intenção é reduzir os preços para um terço disso, cerca de R$ 35 para internet banda larga com velocidade de 512 kbps.
A meta do PNBL é levar banda larga de baixo custo e alta velocidade a 4.283 municípios localizados nos 26 Estados, mais o Distrito Federal, atendendo a 88% da população brasileira até 2014. Assim, o governo Federal pretende elevar o número de domicílios com Internet banda larga no país, dos cerca de 12 milhões (2009) para 35 a 40 milhões em 2014.
Serpro e o PNBL
Para Rogério Santanna, o Serpro é um parceiro estratégico do PNBL, seja como um usuário importante dos serviços da Telebrás na área de governo, seja como um parceiro no desenvolvimento tecnológico de serviços e sistemas em rede. O executivo falou ainda que as duas instituições são parceiras no compartilhamento de infraestrutura e de desenvolvimento de projetos inovadores, como computação em nuvem e computação paralela. "Temos a possibilidade de Serpro, Dataprev e Telebrás compartilharem um ambiente de computação em nuvem do governo que vai colocar o país na vanguarda do desenvolvimento tecnológico nessa área, possibilitando, no médio prazo, uma redução de 20 a 30% dos custos de TI e maximizando o uso das redes da Telebrás", destacou o presidente.
Comunicação Social do Serpro - Belém - 4 de novembro de 2010