General
Políticas de equidade de gênero fortalecidas em 2009
A Equidade de Gênero viajou pelo país nos encontros regionais de Recife, Fortaleza, Curitiba e Rio de Janeiro. Em cada lugar, um novo tema. Nesta terça-feira, dia 17 de novembro, em Brasília, o mote foi "mulheres nos espaços de poder". Entre os presentes, representantes de empresas públicas e da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres - SPM.
Um dos destaques do encontro, a ministra da SPM, Nilcea Freire, indagou "para que e por que queremos poder?". A resposta foi simples: "para feminizar o poder". De acordo com a ministra, mesmo com o crescimento do número de mulheres em cargos de liderança, estes ainda estão vinculados ao que ela chamou de sistema de cuidados, culturalmente reservados às mulheres, como saúde, educação, mas, principalmente, assistência social.
Na ocasião, Nilcea Freire anunciou a ação conjunta entre a SPM e a BR Distribuidora do dia 25 de novembro, quando todos os postos da empresa farão campanha associada ao Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a mulher.
Serpro presente
Na mesa de abertura, junto à ministra, esteve também a diretora de administração do Serpro, Vera Lúcia de Moraes, além dos representantes do Banco do Brasil, Embrapa, Eletronorte, Petrobras e Caixa Econômica Federal. A diretora ressaltou as ações inclusivas da empresa, como o acréscimo, no último acordo coletivo de trabalho, da cláusula que assegura à companheira ou companheiro homossexual os mesmos direitos dos casais heterossexuais.
O assunto foi retomado no período da tarde, com a apresentação das melhores práticas das empresas participantes do evento. Vera Moraes fez uma breve explanação sobre o Serpro, citando que os programas e serviços desenvolvidos pela empresa permitem maior controle e transparência sobre a receita e os gastos públicos, além de facilitar a relação dos cidadãos com o governo. Nominou algumas soluções conhecidas na sociedade, dentre elas, o Receitanet, o novo passaporte brasileiro, a Carteira Nacional de Habilitação.
Desafios no Serpro
"O Serpro ainda não tem uma ação afirmativa para a questão da equidade de gênero. Atualmente, temos 4.493 mulheres, o que corresponde a 45,78% do nosso quadro funcional, em relação a 54,22% de homens. O desequilíbrio é mais acentuado na função gerencial. O nosso quadro estratégico é essencialmente masculino. Já no quadro operacional, as mulheres predominam. Percebe-se que a sustentação da empresa está nas mãos das mulheres mas, estrategicamente, os homens estão à frente", mencionou Vera.
Para alterar este cenário, a empresa incentiva e promove ações de mudança de cultura em todos os processos, visando propiciar um clima de maior equidade dentro da organização. Em maio do ano passado, as empregadas passaram a usufruir da licença maternidade e por adoção de 180 dias, que proporcionam mais segurança e estabilidade e facilitam o autodesenvolvimento.
Outra ação trabalhada é o compromisso de incentivar as empresas terceirizadas, contratadas pelo Serpro, a implementar práticas de igualdade de oportunidades e gênero, por meio de material informativo. Além disso, existe a preocupação de intensificar a implementação da linguagem inclusiva com flexão de gênero, aplicando as práticas na identificação de crachás, comunicados etc. Outra ação, citada pela diretora Vera, é a que combate a discriminação racial no mundo do trabalho, reforçada pela frase "Se você, ou alguém que conhece, sofre algum tipo de preconceito no ambiente de trabalho, não espere o problema crescer e causar ainda mais sofrimento, denuncie à Comissão de Ética".
Comunicação Social do Serpro - Brasília, 18 de novembro de 2009