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Prêmio ARede 2009, uma festa da inclusão digital.
A cerimônia, no Instituto Itaú Cultural, em São Paulo, foi prestigiada por cerca de 200 convidados. Esta foi a terceira edição do prêmio, criado em 2007 para dar visibilidade aos melhores projetos de inclusão digital do país, de modo a estimular novas iniciativas e inspirar políticas públicas.
Os vencedores do Prêmio ARede 2009 foram escolhidos, entre mais de 200 inscritos, por uma comissão julgadora composta por 14 integrantes, entre os quais, formuladores de políticas públicas, empresários, especialistas em tecnologia. O destaque, este ano, foi para a Educação, área que recebeu dois prêmios este ano.
Para Marcos Monteiro, secretário adjunto de Gestão Pública do estado de São Paulo, que representou o governador José Serra, a variedade e qualidade dos projetos escolhidos mostra que o uso da tecnologia para promover, de várias maneiras, a cidadania digital, é um processo enraizado no setor público. “É muito bom ver o quanto há de iniciativas espalhadas e estar ao lado de pessoas do governo federal que também desenvolvem esta batalha”, disse ele. “Agora temos que avançar, por isso são importantes as políticas de acompanhamento e gestão dos projetos”. Monteiro recebeu o prêmio da modalidade Setor Público Estadual, concedido à Ponline, pesquisa anual de avaliação do programa Acessa SP.
“Quando trabalhei como avaliador de políticas públicas, na área social, o acesso à tecnologia da informação não era uma temática frequente em projetos sociais”, constatou o deputado Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE). “Agora, se entende que o acesso à comunicação de qualidade é um direito e uma forma de promover a equidade social”. É preciso, no entanto, muito trabalho para que esse consenso resulte em mudanças de fato, acrescentou Cezar Alvarez, assessor especial da Presidência da República. “É impressionante a dicotomia do senso comum, que idealiza as novas tecnologias e, ao mesmo tempo, enxerga os computadores como simples lousas eletrônicas”, avaliou ele.
A professora Léa Fagundes, eleita a Personalidade do Ano 2009, é pioneira no uso de computadores como instrumento de educação, e uma das primeiras pessoas a perceber, no Brasil, o potencial da tecnologia para revolucionar o processo de ensino-aprendizagem, em vez de reafirmar velhas práticas. “A própria instituição responsável pela educação e desenvolvimento pessoal e social precisa mudar. A escola tem de ser incluída na cultura digital”, alertou ela.
Personalidade do ano
Léa Fagundes, educadora, coordenadora do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Modalidade Educação
Projeto UCA Piraí (Rio de Janeiro)
Ensino Médio Presencial com Mediação Tecnológica (Amazonas)
Modalidade Terceiro Setor
Fundações e Institutos - Rede Vivo Educação (São Paulo)
Organização da Sociedade Civil – Se Liga – Construindo a Cidadania Digital (Ceará)
Modalidade Setor Público
Federal – Escola Conectada (Ministério da Educação)
Estadual – Ponline: Contribuição para Inclusão Digital e Participação Pública (São Paulo)
Municipal – Rádio na Escola (Florianópolis)
Modalidade Empresa
Pública – Projeto Demoiselle (Serpro)
Privada – Intel® Educar (Intel)
Tele.Síntese, Patricia Cornils, 17 de novembro de 2009