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Serpro capacita técnicos de São Tomé e Príncipe
A equipe do Serpro, que retornou ao Brasil no início dessa semana, promoveu capacitação intensiva sobre o ambiente colaborativo do Expresso e fez avaliação do centro de dados de apoio a serviços e sistemas do governo local, implantado pelo Serpro em uma missão em 2007. O treinamento foi realizado junto aos funcionários do Instituto Nacional de Inovação e Conhecimento (Inic) daquele país. São Tomé e Príncipe é um estado insular localizado no Golfo da Guiné, próximo à costa do Gabão, e membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
“Desde 2008, o Expresso está na estrutura do governo de São Tomé e Príncipe. Com essa capacitação, os engenheiros do Inic puderam conhecer mais sobre as diversas camadas e funções que o Expresso possui. Eles passaram de usuários a administradores e suportes dessa ferramenta. Isso significa autossuficiência e autonomia para a usar tudo que o Expresso pode oferecer”, destaca o analista do Serpro João Cosme de Oliveira, instrutor do curso.
O país, que se tornou independente somente em 1975, agora, com a cooperação internacional, dá significativos passos no rumo da tecnologia livre. “Os cidadãos de São Tomé e Príncipe têm muito respeito pelos brasileiros. E a vontade deles em adquirir novas informações nos ajudou a falar não só do Expresso, mas da importância de qualquer plataforma livre para o governo daquele país”, relata o técnico do Serpro Ednardo da Costa, responsável pela análise da infraestrutura do centro de dados. “Eles ficaram muito entusiasmados. E o software livre é isso, não tem fronteiras. São Tomé e Príncipe pode criar uma nova tendência no mercado de tecnologia do próprio país. E pode ainda ajudar a divulgar soluções em código aberto para outros países africanos”, completa João Cosme.
Cooperação
A colaboração do Brasil com São Tomé e Príncipe é realizada em parceria com a Unesco, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), e sob as diretrizes do programa de cooperação do Ministério das Relações Exteriores. “A política de cooperação do Brasil tem focado na América do Sul, no Caribe e na África. Em São Tomé e Príncipe, o Serpro e a ABC implantaram um centro de dados para o governo desenvolver diversos serviços. Já o Expresso foi implantado para atender os ministérios e o gabinete do primeiro-ministro. Isso ajudará o país a alcançar um patamar de estrutura tecnológica mais elevado”, destaca a coordenadora estratégica de Relações Institucionais do Serpro, Ana Amorim.
A atuação do Serpro em São Tomé e Príncipe acontece desde 2006, e a intenção é aumentar cada vez mais a cooperação. “Agora estamos propondo uma segunda fase, a de ampliação do centro de dados, com a aquisição de uma rede única de internet que interligue todo o executivo do país. Isso vai gerar mais rapidez, centralização das informações, organização e segurança para o governo local. E com essa mudança na infraestrutura de armazenamento e processamento de dados, poderemos, por exemplo, incluir novas versões do Expresso e de qualquer outro serviço ou sistema livre, como o VoIP e a videoconferência“, explica o técnico Ednardo Costa.
Para a aquisição dos novos equipamentos e componentes para o centro de dados, entra em cena mais uma vez os diversos parceiros envolvidos na cooperação Brasil e São Tomé e Príncipe. E são muitos países em prol de uma mesma causa. O Serpro, assim como o Pnud, que é uma instituição multilateral e uma rede global presente hoje em 166 países, e todas as demais entidades envolvidas na parceria acreditam que nenhuma nação pode gerir sozinha a crescente agenda de temas do desenvolvimento, e é por isso que todas apostam na colaboração mútua.
Comunicação Social do Serpro - Fortaleza, 13 de agosto de 2010