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Serpro conclui capacitação de telecentristas do Roda Baiana
Os jornais baianos divulgam nesta terça-feira o assassinato de um jovem de 25 anos no Engenho Velho da Federação, bairro de baixa renda e de maioria negra em Salvador. Notícias sobre violência vinculadas à localidade são freqüentes e deixam em estado de alerta moradores e autoridades.
No mesmo bairro, em 6 de junho, o Serpro, com a parceria de universidades, governo estadual e administração municipal, inaugurou três telecentros em terreiros de candomblé, dando continuidade ao projeto Roda Baiana, que tem o objetivo de ampliar a inclusão social e digital do habitantes da área.
Nesta segunda-feira, 1º de setembro, mesmo dia no qual o jovem Wilton de Souza foi morto a tiros, a primeira turma de 14 telecentristas dos terreiros foi formada em curso com introdução a informática, internet, sistema operacional linux e BrOffice, com duração de 80 horas/aula nas dependências da Regional Salvador.
No encerramento realizado ontem, as próprias alunas e alunos destacaram que o projeto é uma excelente iniciativa para transformar o bairro em que vivem. “Estamos aqui para mudar a realidade de violência do Engenho Velho da Federação”, afirmou Andrea Batista Pinto, participante do curso.
Agentes de mudança
Um dos professores da atividade e representante da área de redes do Serpro, Cristiano Silva, declarou-se feliz pela oportunidade de compartilhar conhecimentos, mas também atribuiu responsabilidades ao grupo. “Vocês agora são mensageiros de boas notícias”, referiu-se Cristiano, ao dizer que cada um dos presentes pode trabalhar para mudar as manchetes do bairro.
O coordenador regional de inclusão digital do Serpro, Jorge Vasconcelos, ressaltou a elevada auto-estima dos jovens formados mesmo diante das adversidades, lembrando aos mesmos que este é um momento que se tem de agarrar e levar para toda vida e para outras pessoas. Outra aluna, Cristiane Santos, também confirmou a importância do projeto. “Esta é uma porta que se abre”, declarou.
Trabalho social
Nos três terreiros, que há três meses já contam com os telecentros, vários trabalhos já são desenvolvidos, entre eles, capoeira, dança, música, fotografia, alfabetização infantil e de adultos, bordado, culinária, curso de formação de raça e gênero, oficinas de costura e plantas medicinais.
Comunicação Social do Serpro - Salvador, 3 de setembro de 2008