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Serpro e Agência Brasileira de Cooperação assinam acordo na área de TI
Foi assinado nesta terça-feira, 13, um protocolo de intenções entre o Serpro e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores. As instituições formalizaram o compromisso de colaborar com a implementação de programas, projetos e atividades no campo da tecnologia da informação em benefício de países que estejam em desenvolvimento. O evento ocorreu no edifício sede do Serpro, em Brasília. O protocolo, formalizado pela Universidade Corporativa do Serpro, foi assinado pelo diretor-presidente Marcos Mazoni e pelo diretor da ABC, ministro Marco Farani.
Para o ministro Farani, a parceria consolida o Serpro como um órgão que se junta oficialmente ao esforço do governo brasileiro de disponibilizar seus conhecimentos, práticas e tecnologias, atendendo à demanda dos países solicitantes. “A presença da cooperação não pode ser instrumento de política. Ela deve ter um objetivo maior, que é a relação entre os povos, a motivação humanitária, a solidariedade. Não vejo melhor maneira de nos inserirmos no mundo. É uma forma construtiva e positiva de o Brasil assumir as suas responsabilidades com toda a comunidade internacional”, disse.
Estavam presentes os embaixadores da Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cabo Verde e representante da Embaixada do Paraguai. A embaixadora Eugénia Pereira falou ao Portal do Serpro sobre a experiência já exitosa da República da Guiné-Bissau. “Em 2011, o Serpro nos doou três telecentros, instalados no Centro de Formação Profissional de Militares e Paramilitares, no Instituto de Formação Profissional e no Centro Cultural Brasileiro. Houve capacitação para o uso desses equipamentos e dos programas. A ação teve grande aderência dos jovens”, enfatizou.
Aprendizado em conjunto
O diretor-presidente do Serpro elucidou que a empresa vê o processo de cooperação não como aquele em que uma entidade transfere conhecimentos para outros, mas aquele em que o aprendizado é construído em conjunto. “A nossa visão de cooperação com o software livre é de respeito ao outro, respeito à soberania, sem imperialismo. Não passamos apenas a ideia de como se usa o produto, de como se trabalha com ele, mas transferimos o produto todo, seus códigos e sua possibilidade de evolução”, pontuou.
Mazoni sustentou ainda que o compartilhamento em software livre nivela todos por cima. “Não tem nada escondido, não há uma nova versão logo depois. É grátis, é aberto, permite acesso, alterações e replicações. Nós queremos essa possibilidade de múltiplo uso, mantendo sempre os atores em liberdade, sem aprisionar ninguém culturalmente ou tecnologicamente”.