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Serpro promove a inclusão digital pelo Brasil
Na chamada “sociedade pós-moderna”, de informações instantâneas e comunidades globais em rede, o microcomputador funciona como óculos escuros num imenso deserto. Quem não tem, está cego. E a realidade brasileira mostra que a maioria da população do país está nesta condição: perdida no deserto. “Eu não sei nem que botão apertar. Sinto-me fora de algo bem grande”, diz José Ribeiro dos Santos, 52, operário de Mogi das Cruzes (SP), sobre sua aflição ao estar frente-a-frente com um computador.
Números da exclusão
Segundo pesquisa do Comitê Gestor de Internet no Brasil – Cgi.Br, realizada em 2006, mais da metade da população brasileira (54,3%) nunca usou um computador. Além disso, somente 19,6% dos domicílios brasileiros têm computador e 14,5% dispõem de Internet. A mesma pesquisa revela que 66,7% dos brasileiros nunca acessaram a rede mundial de computadores.
“Esses números são suficientes para demonstrar a necessidade da adoção de uma política efetiva de investimentos a longo prazo que amplie o acesso da população carente aos recursos da Era da Computação”, afirma Augusto César Gadelha Vieira, coordenador do Cgi.Br. “A exclusão digital é uma mazela social que precisa ser eliminada. E neste momento, o exercício da cidadania passa, inevitavelmente, pelo domínio das tecnologias da informação e da comunicação”, completa.
Computador: um direito de todos
Desde 2003, o Governo Federal implementou uma série de ações que visam aumentar a entrada das camadas mais excluídas da população no mundo da informática. Para isso, inúmeros programas e projetos de inclusão digital foram criados por todo o Brasil.
Alguns deles são a Casa Brasil, os Pontos de Cultura, o Computador para Todos e o Governo Eletrônico Serviço de Atendimento ao Cidadão - Gesac. Para atender tais iniciativas, já foram investidos mais de US$ 100 milhões, em 4 anos, e foram envolvidas instituições de grande porte da Administração Pública Federal, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Serpro.
Serpro: inclusão pelo Brasil afora
O Serviço Federal de Processamento de Dados – Serpro desenvolve um Programa de Inclusão Digital que se apóia a diretriz do Governo Federal de promover a inclusão digital no país.
O objetivo do Serpro é viabilizar o uso e a apropriação das novas tecnologias pela sociedade, propiciando o atendimento das necessidades das comunidades, a formulação de políticas públicas, a criação de conhecimentos, a elaboração de conteúdos apropriados e o fortalecimento das capacidades das pessoas e das redes comunitárias.
A Empresa inaugurou 123 telecentros em dois anos, totalizando mais de 1500 microcomputadores doados. Os espaços estão instalados em todas as regiões do Brasil. De Belém (PA), na região norte, a Canoas (RS), na região sul. E atendendo aos mais diversos públicos, como os pacientes do Instituto Municipal de Assistência à Saúde “Juliano Moreira”, no estado do Rio de Janeiro, ou os agricultores do sertão pernambucano. “Tenho 55 anos e ainda quero aprender”, afirma Djalma Nogueira, trabalhador rural de Tabira (PB). “O Serpro está levando a inclusão digital a quem tem muito pouco”, afirma o frei Marcos Estevam Mello, coordenador do Albergue São Francisco que também recebeu um telecentro, em São Paulo (SP).
Outras ações importantes desenvolvidas pelo Serpro nesta área são o Espaço Serpro Cidadão (pontos de acesso aos serviços do governo e à Internet abertos a comunidade), a Oficina de Construção do Futuro (cursos básicos e avançados de informática), Geração III (treinamento para pessoas com idade acima dos 60 anos) e a Escola de Fábrica (parceria com o MEC para cursos de longa duração).
Comunicação Social do Serpro - São Paulo, 4 de dezembro de 2007