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Telecentro irá oferecer acesso livre à internet para a comunidade
É visando a mudar essa realidade que a Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas juntamente com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) inauguram nesta terça-feira, 23, o Telecentro de Inclusão Digital Judith Cortesão.
A comunidade rio-grandina passa a contar com um laboratório de Informática com acesso livre à rede mundial de computadores, para utilização na pesquisa, informação, comunicação e até lazer. "Com o Telecentro, a escola passa a ser um pólo de inclusão digital", afirma o diretor da escola Enilson Pool da Silva. Além disso, poderá ser utilizado ainda para reuniões, cursos, conferências, seminários, atualizações e até para formar multiplicadores desse projeto.
À disposição dos usuários estarão 10 computadores, que antes faziam parte do gerenciamento do governo federal no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, e hoje são reaproveitados através do Telecentro. Nos computadores, é utilizado o sistema operacional Linux, incentivado pelo governo federal e adaptado às necessidades dos usuários.
O projeto da inclusão digital é coordenado por Fogaça. A oportunidade, segundo ele, surgiu quando participou de um curso na Superintendência de Ensino Profissionalizante em Porto Alegre e teve oportunidade de conhecer a iniciativa.
A escola técnica possui atualmente três mil alunos, 120 trabalhadores em educação e 67 turmas de Ensino Médio e Técnicos em Secretariado, Contabilidade e Comércio Exterior. "Com essa iniciativa, nossos alunos - que até então não tinham internet na escola - também serão beneficiados", explica Silva.
O Telecentro ficará à disposição dos usuários durante os três turnos em que a escola fica em funcionamento. De acordo com o diretor, a comunidade que utilizar o local será cadastrada.
Judith Cortesão Batizado com o nome Judith Cortesão, o ambiente será uma homenagem a ela que foi professora na pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), lecionou em 15 universidades, publicou 16 livros e realizou 140 pesquisas. Foi ainda assessora da Marinha do Brasil, consultora da Unesco, e fundadora de ONGs como SOS Mata Atlântica e o Instituto Acqua. Judith também foi condecorada pela Nasa e pelo presidente Lula com Ordem Mérito Cultural em 2003. Formada em seis cursos superiores, Judith iniciou sua vida acadêmica na Furg.
Serpro
O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) é uma empresa pública, vinculada ao Ministério da Fazenda. Foi criada com o objetivo de modernizar e dar agilidade a setores estratégicos da Administração Pública brasileira. A Empresa, cujo negócio é a prestação de serviços em Tecnologia da Informação e Comunicações para o setor público, é considerada uma das maiores Organizações do setor na América Latina.
De acordo com as políticas de governo, o Serpro busca fomentar a inclusão social através de várias iniciativas, entre elas o Programa de Inclusão Digital, que tem como objetivo implementar nos 27 Estados da União, onde o serviço está presente. O Telecentro é uma das ações desenvolvidas pelo Serpro, e trata-se de ambiente dotado de equipamentos e conexão à internet, aberto ao público, que permitem à comunidade ter acesso à rede mundial de computadores. Atualmente há 35 telecentros no Estado e mais 225 em todo o País.
Jornal Agora, Rio Grande – RS, Melina Brum Cezar, 23 de setembro de 2008