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Telecom terá que emitir Nota Fiscal Eletrônica
A estatal estima ainda que necessitará de 400 terabytes de capacidade, em seis anos, para armazenar o volume de dados recebido.
Nos próximos meses, a intenção, revelou Nivaldo Venâncio da Cunha, diretor de Operações do Serpro, é estender o uso das NFe para outros segmentos econômicos, inclusive o de telecomunicações, responsável por 25% da arrecadação do País.
Cunha, que participou de um debate sobre e-gov no Futurecom, disse ainda que o Serpro já trabalha em um sistema de Inteligência Artificial que, em breve, permitirá ao governo conseguir informações difíceis de serem, hoje, obtidas, entre elas, a identificação de adulteração de combustíveis. Os dados serão conseguidos a partir do cruzamento de informações do fornecedor com o de volume de vendas dos postos.
Mudanças no IR
A rápida expansão do sistema NFe é um dos pressupostos para que o Brasil possa, em um futuro próximo, adotar um sistema de declaração de Imposto de Renda semelhante ao do Chile, em que o contribuinte já recebe o formulário preenchido, e o imposto devido devidamente calculado, para ratificar ou retificar. O Serpro já estuda o modelo.
"Quem pode falar mais sobre o IR é a Receita Federal. Estamos estudando. Chegaremos lá", afirma Nivaldo Cunha. "O Chile é um país onde não há sonegação. Nós ainda temos muito o que fazer para preparar a socidedade brasileira nesse sentido. O nível de informalidade é muito grande no Brasil", explica. Além disso, será necessário que sistemas como a NFe cubram toda a cadeia produtiva. E os informes de rendimento também estejam todos informatizados.
Convergência Digital, Cristina De Luca, 30 de outubro de 2008